Fifa não garante que federações irão pagar bônus de US$ 30 mil às jogadoras

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, divulgou uma informação que pode afetar as jogadoras da Copa do Mundo Feminina.

O que aconteceu

Infantino disse que não poderia garantir um bônus em dinheiro enviado diretamente para as jogadoras do Mundial. O dirigente fez declarações hoje (19), à véspera da estreia do torneio.

A Fifa anunciou anteriormente que cada atleta que competisse na Copa receberia a quantia de US$ 30 mil (R$ 144 mil na cotação atual) em bônus pela participação na fase de grupos. O valor pode chegar a US$ 270 mil (R$ 1,3 milhão) para cada membro da equipe campeã.

O pagamento, se feito, será enviado apenas para as respectivas federações das seleções. Depois, as entidades serão responsáveis por repassar a quantia para cada jogadora.

Quaisquer pagamentos que fizermos serão por meio das federações e, em seguida, as associações farão os pagamentos relevantes aos seus próprios jogadores. Mas estamos em contato com todas as associações, e há situações diferentes em cada uma - como tributação, residência e assim por diante - que exigem outros tipos de acordo.
explicou Infantino, durante a conferência.

Polêmicas envolvendo dinheiro no futebol feminino

O futebol feminino vive um período de disputa e acerto de contas. Algumas seleções ameaçaram boicote à Fifa antes do início da Copa.

"Hoje é véspera do jogo de abertura da Copa do Mundo e, para mim, é um momento de focar no positivo, focar na felicidade", disse Infantino. "Até 20 de agosto [data da final] você vai ouvir de mim apenas coisas positivas sobre tudo e todos. A partir do dia 21 de agosto, vamos nos concentrar em algumas outras questões ao redor do mundo e nos problemas que estão por vir", acrescentou o presidente da Fifa.

O principal motivo é que as jogadoras querem tratamento e direitos semelhantes aos do futebol masculino, e isso inclui salários melhores e distribuição mais justa do dinheiro.

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Seleções como Nigéria e Canadá exigem igualdade salarial e protestam internamente. Em paralelo, a Espanha enfrenta um motim interno, na qual mais de dez atletas pediram dispensa da seleção.

O presidente do sindicato de jogadores FIFPRO, Jonas Baer-Hoffmann, garante que os problemas serão resolvidos.

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