Após lei seca no Qatar, Copa feminina tem vinho no estádio: R$ 59 por copo
O torcedor que foi à Copa masculina, no Qatar, teve de se acostumar à lei seca nos estádios e arredores. No Mundial feminino, na Austrália e Nova Zelândia, a realidade é outra: dentro das arenas, os espectadores podem comprar cerveja e até vinho —que custa R$ 59 a dose, servida em um copo de plástico. Para comer, há abundância de opções: pratos vegetarianos, falafel, batata frita, sanduíches, cachorro quente e algodão doce - tudo bem feito.
A torcida que esgotou os mais de 42 mil ingressos para a primeira partida - que registrou o maior público de um jogo de futebol na Nova Zelândia - parecia novata em jogos de futebol: não cantava ou se levantava muito, mas se animava com cada lance de mais perigo das anfitriãs. Até a famosa 'ola' falhou em um primeiro momento, mas foi repetida algumas vezes depois que os torcedores "aprenderam" a coreografia simples.
O momento de mais emoção foi depois que o jogo acabou. As jogadoras neozelandesas deram uma volta no campo para saudar o público - que não deixou o estádio após o apito final - e aplaudiu muito a equipe, saltando de alegria com a primeira vitória da seleção nacional em uma Copa do Mundo - foram 15 jogos sem triunfos antes do 1 a 0 sobre a Noruega.
A paixão e a emoção dos torcedores, ainda que mais acostumados a grandes espetáculos de rúgbi e críquete, propiciou um ambiente autêntico, acolhedor e emocionante, aumentando a temperatura no rigoroso inverno dos países anfitriões, contrastando com a frieza e artificialidade do abafado Qatar.
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