Domitila Becker: 'Vitória da Nova Zelândia vai ficar marcada na história'

A Nova Zelândia venceu a Noruega, por 1 a 0, na abertura da Copa do Mundo feminina. Em relato ao Joga Junto, programa transmitido pelo UOL hoje (20), a jornalista Domitila Becker falou sobre como foi acompanhar o duelo direto do estádio.

Partida histórica: "Nem a torcida estava esperando isso [a vitória], a Noruega era muito favorita neste grupo e foi 1 a 0 podendo ser mais, teve um pênalti que explodiu no travessão. A Nova Zelândia chegou muito mais, foram nove minutos de acréscimos e todo mundo desesperado pedindo o fim da partida. Foi aquela explosão de festa e é uma partida que vai ficar marcada na história do país".

Emoção: "Acompanhar esse jogo de abertura depois da cerimônia foi muito emocionante. Muitas pessoas assistindo ao jogo pela primeira vez e isso me deixou extasiada de ver. Óbvio que não é uma torcida que não canta como estamos acostumados, mas eles estavam empolgadíssimos com cada lance. Foi o recorde de uma partida de futebol na história da Nova Zelândia e no final do jogo as pessoas foram à loucura, ninguém saia do estádio".

'A gente não estaria aqui sem essa luta', diz Milly sobre Copa feminina

Milly Lacombe falou sobre a emoção de acompanhar mais uma Copa do Mundo feminina. A jornalista destacou a luta das mulheres para conquistarem o seu espaço.

Teve gente que apanhou por jogar bola, foi presa por jogar bola, então teve uma luta antes, não estaríamos aqui sem essa luta. Temos que reconhecer essa luta, as pessoas que vieram antes, saber que temos um longo caminho pela frente porque estamos vendo a quantidade de ódio que está sendo direcionado às mulheres, mas também tem muito amor. Podemos ressaltar também esse amor. Milly Lacombe

Milly: 'Quer comparar futebol feminino com masculino, compara com de 1910'

Milly Lacombe também falou a respeito dos preconceitos sofridos pelas mulheres, tendo em vista as comparações com o futebol masculino.

Muita gente compara o futebol feminino ao masculino e falam que é lento, não é tão competitivo... Não tem termos de comparação entre os dois. Um existe há mais de 100 anos, o outro foi proibido por lei. O futebol feminino, em tempo histórico, começou ontem. Quer comparar com o masculino? Compara com o masculino de 1910. Se formos fazer essa comparação, as mulheres estão voando. Milly Lacombe

'Um recado para os machões: essa Copa do Mundo é nossa', afirma Ju Cabral

Ex-zagueira da seleção brasileira, Ju Cabral também valorizou o espaço ocupado pelas mulheres no futebol e mandou um recado para os homens que fazem comentários preconceituosos.

Um recado para os machões de plantão: a Copa é nossa, o espaço é nosso. Podem falar à vontade, que hoje nós somos em muitas, somos mais fortes e ninguém mais tira a gente. Ju Cabral

Confira o Joga Junto na íntegra