Dia 2 da Copa: Alfinetada em Neymar, maternidade em campo e mais pênaltis

O segundo dia da Copa do Mundo feminina contou com vitórias de Espanha e Suíça, empate do Canadá e muitos comentários polêmicos. A zagueira alemã Sophia Kleinherne voltou a falar sobre a alfinetada em Neymar, já o narrador David Basheer, do canal SBS, foi criticado por fala inadequada sobre Katrina Gorry, meia da Austrália, que estava grávida dois anos atrás.

Em campo, o Mundial chegou ao quinto pênalti marcado em apenas dois dias e viu o público nos estádios diminuir após as badaladas estreias das anfitriãs Austrália e Nova Zelândia.

'Mantenho o comentário'

Sophia Kleinherne, zagueira alemã, não viu motivos para voltar atrás ou pedir desculpas pela fala envolvendo Neymar. Na última semana, ela afirmou que "nós conseguimos inspirar com nosso futebol honesto. Acredito que nem sempre tiramos tanto proveito de certas situações. Não conheço nenhuma 'Neymar feminina', nenhuma jogadora que fique no chão dois ou três minutos".

A jogadora disse que a fala não foi exatamente uma crítica ao atacante brasileiro de 31 anos, e que nem todas pessoas entenderam o que ela quis dizer.

A alemã ainda relatou que se espantou com a forte repercussão que o comentário teve no Brasil: "Não esperava que esse comentário se tornasse tão viral no Brasil. Na Alemanha soou diferente, porque todos que me conhecem sabem o que eu quis dizer, e que não foi uma crítica ao Neymar. Mas mantenho meu comentário. Não é algo pelo qual eu precise me justificar ou pedir desculpas".

Maternidade afeta o rendimento?

O narrador David Basheer foi criticado após apontar a maternidade como algo que poderia afetar o rendimento de Katrina Gorry. A meia da seleção australiana e tornou mãe em 2021 e voltou aos gramados no ano passado.

"Certamente a maternidade não enfraqueceu seu espírito competitivo, isso é certo", disse David Basheer, na transmissão do jogo no canal SBS.

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"Arcaico" e "vergonhoso", reclamaram alguns torcedores. Outro comentou: 'Você diria isso sobre um jogador de futebol masculino que fosse pai? Pare de estereotipar as mães."

O comentário do narrador vai de encontro a uma declaração de Alex Morgan. Uma das estrelas da seleção dos EUA, ela afirmou que a maternidade melhorou o seu futebol.

"Sinto que estou me encontrando mais bem posicionada e convertendo boas chances em gol com mais frequência do que nunca", disse Morgan, que se tornou mãe em 2020, ao jornal People.

Muitos pênaltis e queda de público

Todos os jogos da Copa feminina tiveram um pênalti marcado. Cinco partidas foram disputadas nos dois primeiros dias do Mundial.

Apenas dois deles, porém, foram convertidos. Catley, da Austrália, e Bachmann, da Suíça, acertaram, enquanto as seleções da Nova Zelândia, Canadá e Espanha desperdiçaram.

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Além disso, as três últimas partidas contaram com públicos baixos. Enquanto os compromissos das seleções anfitriãs bateram recordes, os demais jogos contaram com "buracos" nas arquibancadas.

Bola rolando

Nigéria e Canadá ficaram no 0 a 0 no estádio Melbourne Rectangular, na Austrália. A partida foi válida pelo Grupo B da Copa feminina.

Sinclair perdeu pênalti e deu para Marta a chance de ser a primeira a marcar em seis Mundiais. O Brasil estreia na segunda-feira (24), contra o Panamá.

Já a Suíça confirmou o favoritismo e venceu Filipinas por 2 a 0. Bachmann e Piubel marcaram em jogo válido pelo Grupo A.

Com melhor do mundo no banco, a Espanha atropelou a Costa Rica. Alexia Putellas entrou apenas aos 31 minutos do segundo tempo, quando a seleção espanhola já havia sacramentado a vitória por 3 a 0.

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As espanholas são as responsáveis pelo placar mais elástico deste Mundial.

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