Abel comemora gol após quase tirar Raphael Veiga em vitória do Palmeiras

Análise da vitória: "Foi um jogo difícil na nossa casa. Os jogadores conseguem bloquear o barulho que vem de fora, que é interessante movimentar as mídias, o ruído na cabeça... É fundamental a parte mental. O futebol me ensinou a trabalhar com qualidade, muita qualidade, e fazer o máximo em todos os jogos para vencer. Foi o que fizemos hoje".

Fim do jejum de cinco jogos sem vencer: "É mentira se eu dissesse que estávamos na confiança máxima, mas sabíamos que tínhamos que entrar fortes".

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Análise do jogo

"Estou bem sentado? Está bom para vocês assim? Vou me sentar assim, com as costas retas. Bom, o maior risco que eu tomei foi vir para o Brasil treinar o Palmeiras sem alertar a minha família. Todo o risco que eu passo agora é peanut. Nós sabemos e o futebol me ensinou muito que, em fases não tão boas, temos que encurtar a distância. É um time fora da caixa, extremamente eficaz. O resto está embrulhado, depois vamos ver. Foi um jogo difícil na nossa casa. Os jogadores conseguem bloquear o barulho que vem de fora, que é interessante movimentar as mídias, o ruído na cabeça... É fundamental a parte mental. O futebol me ensinou a trabalhar com qualidade, muita qualidade, e fazer o máximo em todos os jogos para vencer. Foi o que fizemos hoje. Ia tirar o Veiga para colocar o López, empurrar o Luis para dentro e mais andamento ao Mayke, mas não foi preciso. É o que nós precisamos. O grande reforço é voltar às nossas bases, que os jogadores recuperem sua forma física, alguns em baixa sobretudo por lesões e também pela parte mental. Essa equipe é muita valorizada, muitos jogadores foram sondados, inclusive o treinador. Fico feliz, eles merecem pelo que trabalham, se dedicam. Serei o primeiro a sair quando faltar ambição de ganhar jogos. Se isso acontecer, nenhum precisa me empurrar. Eu sairia, e minha mãe ficaria contente, é o sonho dela voltar. E eu falo que isso vai acontecer um dia".

Weverton

"Queremos jogadores em boa forma e ele teve problemas físicos na mão. Queremos que o Weverton seja o Weverton, Luan, Gomez, Piquerez, Mayke e Rocha brigando, Zé Rafael a voltar para a forma, após grave problema no joelho. Rony, Veiga, é a nossa base. Recuperar a confiança. A única forma é trabalhar, treinar com qualidade, recuperar os jogadores e ganhar. Sabemos que os campeões, independentemente da qualidade, recebem críticas. E quem tem mentalidade de campeão precisa lidar com isso. E nós temos essa mentalidade".

Zé Rafael

"Pergunta inteligente, bem elaborada, comentada, falada, envolvente. Uma pergunta bem pensada. O Zé Rafael teve oferta, jogando de 5, mas nossos reforços estão aqui. Quero recuperar a base, que os jogadores que nos deram alegrias continuem dando alegrias. E vão dar. Ganharam na primeira temporada, segunda temporada, títulos na terceira e quarta temporada, que começou. E vão continuar lutando. E que a minha mãe não ouça, porque acharia quatro temporadas muita coisa".

Dudu e poupar jogadores

"Está lesionado, sim [Dudu]. Nós pensamos dia a dia, trabalhando com qualidade, se preparando, evoluindo nossos mais jovens. Máxima força e condição, técnica, tática e física. Os experientes têm jogado mais. É um jogo de cada vez. Entendo perguntas e preocupações, mas as nossas não. Nossa responsabilidade é fazer o que sabemos como foi hoje, contra adversário difícil e bem treinado. Poderíamos ter feito e sofrido mais gols. Vocês, profundos conhecedores, sabem que está tudo normal, exceto um fora da caixa [Botafogo]. Querem criar crise e confusão, mas está tudo junto como no ano passado, mas há um outsider. Se continuarem assim, não custa nada dar os campeões no fim. A mentalidade de campeão é a que temos e vamos continuar. É a nossa responsabilidade".

Conversa com os mais experientes sobre propostas

"Os jogadores tiveram onde o treinador também esteve. Temos obrigações contratuais e a cláusula para pagar. Se o clube entender que as ofertas são baixas para nossos jogadores, e são baixas, mas podem chegar e pagar a cláusula do Gómez, Luan, Zé, do treinador ou qualquer um. Rony, Vanderlan, Piquerez... Todos esses tiveram propostas. Portanto, vamos focar no que controlamos. Entendo que são muitos zeros, ganhei zeros suficientes como jogador, ganho mais um bocadinho hoje, mas não é o que me move, me movo por convicção. Enquanto eu acreditar no projeto, eu ficarei. Se o Palmeiras tivesse nadando em dinheiro, não sei se eu viria. Viriam outros que disseram não. Eu estava na Grécia, ilha absurda, água espetacular, piscina... E aceitei correr riscos. Foi o maior que corri, ficar sem a minha mulher e não posso perdê-la".

Mudanças e vitória

"Parabéns pela pergunta bem feita, tática é o que eu domino. Obrigado. É mentira se eu dissesse que estávamos na confiança máxima, mas sabíamos que tínhamos que entrar fortes, levar a bola com velocidade, fizemos gol. Estávamos distraídos às vezes, fizemos uma ou outra falta desnecessária. Levamos gol no finzinho do primeiro tempo e senti falta de mais energia, não queria que entrasse como saiu. Mayke nos dá mais profundidade que o Rocha, são jogadores diferentes. Procurei cruzamentos do lado direito com o Menino. Artur não fez nenhum cruzamento na primeira parte, o Rios fazendo a ponta direita, mas ele é médio. Pensei em lateral com mais profundidade, Menino por fora, Rios mais centralizado. Entramos bem na segunda parte. Depois voltei a mexer na equipe, colocamos o Breno com mais chegada à área, entrou bem e parabéns para ele. Talvez seja o que eu mais prejudico e com maior rendimento. Talvez seja o que mais joga e o que menos produz. Entrou, teve quatro oportunidades e é o normal dele. Gosto muito dele. Todo mundo queria, mas disse ao Barros que gosto dele. Parabéns a ele pelo gol. Tiramos o Rios e colocamos o Luis Guilherme na direita de fora para dentro. Ia arriscar tirando o Veiga, mas ele fez o que nos habituou. Esses são nossos grandes reforços. Podemos nadar na crista da onda ou para apanhar a onda, e estamos tentando apanhar a onda agora. Tivemos queda de rendimento por parte física ou por muitas ofertas, empresários ligando toda hora, todos procurando. Isso deve mexer com a cabeça deles. Mexeu comigo, mas só por uma noite. Estamos todos alinhados e vamos voltar. Já ganhamos esse ano, ganhamos dois esse ano e temos dois a disputar. Ficamos fora de uma competição, mas parece que essa derrota foi o fim do mundo. Os campeões precisam saber lidar com as setas apontadas à espera do capião perder. É suportar e voltar mais forte. Assim que fazem os campeões, o Palmeiras e o treinador do Palmeiras".