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EUA 'goleiam' rivais e pagam 10x mais que outras seleções; confira valores

Lindsey Horan e Sophia Smith comemoram gol dos EUA na Copa feminina Imagem: Carmen Mandato/USSF/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

23/07/2023 04h00

Classificação e Jogos

As jogadoras dos Estados Unidos irão receber uma quantia consideravelmente maior do que as atletas das outras seleções da Copa do Mundo Feminino, graças a um acordo com a Federação de Futebol dos EUA (USSF).

O que aconteceu

Cada jogadora norte-americana vai faturar cerca de US$ 300 mil (R$ 1,4 milhões) por parte da federação dos EUA, antes mesmo delas entrarem em campo.

O valor é 10 vezes maior do que a quantia oferecida pela Fifa às jogadoras das demais seleções, no mínimo de US$ 30 mil (R$ 143 mil).

As atletas dos EUA conseguiram chegar neste acordo de trabalho com a sua federação no ano passado, com ajuda dos jogadores da seleção masculina, após batalha por tratamento igualitário que durou muitos anos.

Com isso, as estadunidenses não dependem da Fifa para a disputa deste Mundial. O tratado feito com a federação garante não só o valor fixo de US$ 300 mil, como bônus e montantes adicionais recebidos ao longo da competição.

A seleção dos Estados Unidos é a única equipe desta Copa que receberá a mesma premiação do time masculino. Vale dizer que as tetracampeãs praticamente inauguraram o debate para que o futebol feminino tenha melhores condições.

Luta por equidade salarial tem agitado o futebol feminino

Várias seleções femininas exigem salários e condições de trabalho iguais aos do futebol masculino, e essa questão se acentuou com a chegada da Copa de 2023.

Após forte pressão, a Fifa criou novas medidas para melhorar a distribuição financeira entre as equipes deste Mundial, embora ainda não tenha chegado em condições ideais e unânimes.

A entidade que comanda o futebol aumentou a premiação da competição e cada jogadora passou a receber US$ 30 mil pela participação — o valor aumenta caso a seleção chegue mais longe no torneio.

O problema é que este dinheiro, na verdade, é enviado às federações, que depois precisam repassar às atletas - algo que nem sempre ocorre da maneira correta.

No caso dos EUA, a operação acontece fora do acordo da Fifa, seguindo os termos do próprio acordo de trabalho feito com a Federação. Assim, a atual bicampeã da Copa pode distribuir até US$ 459 mil por jogadora em caso de título, enquanto outra seleção receberia o total de US$ 270 mil.

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