Copa 2023: Brasil se inspira em Argentina de Messi e vai jogar por Marta
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O sonho de Marta de conquistar a primeira estrela deixou de ser individual há algum tempo. Agora é coletivo e a seleção se uniu ainda mais para reparar uma possível injustiça de a camisa 10 terminar a carreira na seleção sem uma Copa.
O Brasil estreia na Copa do Mundo feminina nesta segunda (24), às 8h (de Brasília), contra o Panamá, com o mesmo pensamento que impulsionou a Argentina a conquistar o título para Lionel Messi no Qatar. A meta é repetir o feito dos argentinos do ano passado e jogar em torno da maior craque para levantar a taça.
As brasileiras querem superar as expectativas e surpreender nesse Mundial. O mesmo pensamento foi nutrido nas Olimpíadas, quando Formiga se aposentou, mas o time acabou caindo. Agora, quer conseguir jogar no mesmo nível de potências da atualidade como Estados Unidos e Inglaterra.
"A carreira da Marta fala por si só. Espetacular, é a nossa rainha. Nas últimas Olimpíadas a gente já tentou fazer isso, porque era a última da Formiga também. Ali não conseguimos, ficamos tristes, mas estamos unidas para ganhar esse Mundial. Sabemos que é importante para a Marta, para coroar a história dela. Não dá para terminar a carreira sem uma Copa. É muito injusto para o futebol. Vamos tentar fazer de tudo", disse Andressa Alves.
Aos 37 anos, Marta está longe de seu auge, e chega à Copa com uma sequência de lesões que diminuiu seu ritmo nos últimos meses. Mas a técnica Pia Sundhage já avisou que ela está pronta para o jogo (sem confirmar se ela será titular na partida) e quer contar com sua liderança mesmo no banco.
Para Ary Borges, a presença de Marta no grupo é uma motivação. "Espero poder estar junto com ela e quem sabe viver o sonho de poder dar uma Copa do Mundo para ela", disse. "É muito especial estar vivendo isso ao lado da Marta. Jogar na seleção representa também um dia jogar com a Marta. Não tem como falar da seleção e não pensar nela", continuou.
A inspiração do que fez a Argentina na Copa do Qatar no ano passado serve de combustível para as jogadoras. Na ocasião, Messi era o craque, mas também estava distante de seus melhores momentos. Mesmo assim, conseguiu ser decisivo em um time que jogava — e corria — por ele.
"O exemplo da Argentina é bom. Você via que era um time com objetivos individuais, mas que tinha um líder dentro ou fora de campo que precisava disso. Acho que, no fundo, a gente trabalha para, quem sabe, poder dar alegria para alguém que já trouxe tantas alegrias para a seleção, mas que ainda infelizmente não tem esse título de mais expressão. Então, acho que sim, existe essa motivação a mais e a gente espera muito que a gente consiga", concluiu Ary.