777 anuncia mudança e Luiz Mello não é mais CEO do Vasco

A 777 Partners anunciou, na manhã de hoje (25), mudanças no futebol do Vasco. Lucio Barbosa foi nomeado como CEO interino e vai ocupar a vaga que era de Luiz Mello.

O que aconteceu

Mello vai começar a transição para um cargo executivo no 777 Football Group, em 1º de agosto.

Lucio Barbosa atua como diretor financeiro da SAF do Vasco desde 2022. De acordo com o comunicado, ele tem passagens por empresas como Apple, GE Energy, KPMG, Deloitte e Ceptis.

Josh Wander, fundador e sócio-gerente da 777 Partners, comentou a mudança na gestão do Cruz-Maltino.

"Como todos os que se importam profundamente com o Vasco da Gama, quero ver resultados melhores do que vimos até agora nesta temporada. Gostaria de garantir aos nossos incríveis torcedores que todos os envolvidos com o clube estão trabalhando duro todos os dias para deixá-los orgulhosos e estou confiante de que começaremos a mostrar melhores resultados em breve", disse.

O Vasco está na lanterna do Campeonato Brasileiro, com apenas 9 pontos em 15 partidas. A equipe tem 80% de chance de rebaixamento, segundo cálculos do departamento de matemática da UFMG.

Dirigente contestado

Luiz Mello era alvo de protestos da torcida do Vasco já havia algum tempo. Em uma das ações, houve até mesmo um boneco que simulava o enforcamento do CEO.

O dirigente também foi alvo de uma investigação interna após um pedido de conselheiros, para saber se ele mentiu ao tomar posse no cargo, em agosto do ano passado.

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O grupo queria saber se Mello ainda estava associado ao Flamengo quando assumiu a posição, o que contradizia documento assinado.

Descontentamento antigo

O descontentamento com Luiz Mello não era recente e ganhou proporções maiores ainda no ano passado, quando ele, que era CEO da associação, esteve à mesa nas negociações da SAF, posteriormente "pulou o muro" e assumiu cargo na empresa. Além disso, o desempenho em diversos campos da administração fez esse cenário ficar ainda pior.

Mais que os resultados em campo, eram citadas também quedas no sócio-torcedor, as condições atuais de São Januário e a forma como é feita a comunicação com a torcida.

À época, fontes ouvidas pelo UOL indicaram que, antes da SAF, Mello estava limitado pelos vices das pastas, mas que, com plenos poderes após a mudança de cargo, o diálogo passou a ter mais barreiras.

Uma outra questão que gerava incômodo é que, muitas vezes, a atual diretoria do futebol integrante da SAF via os protestos da torcida apenas como "coisa da política", e não como uma revolta dos vascaínos pela sequência de resultados negativos.

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O Conselho Administrativo chegou a burscar contato diretamente com a 777 para fazer alertas e pedir mudanças, e havia pressão pelo desligamento do CEO.

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