Corinthians x SPFC: Luxa e Dorival buscam soluções caseiras, mas diferentes

Dorival Jr e Vanderlei Luxemburgo têm trilhado caminhos diferentes em busca do sucesso em São Paulo e Corinthians, respectivamente. Luxa tem feito da base sua principal aposta, enquanto Dorival mostra perícia em recuperar jogadores em baixa. Os dois medem forças hoje (25), às 21h30, na Neo Química Arena, pela semifinal da Copa do Brasil.

O que aconteceu

Dorival Jr e Luxemburgo não ganharam reforços da diretoria logo que assumiram os clubes - o paraguaio Matias Rojas estreou apenas dois meses e meio após a chegada do treinador alvinegro. Coube aos dois buscarem soluções dentro do grupo.

Dorival recolocou o São Paulo no caminho das vitórias resgatando atletas que vinham sendo pouco utilizados por Rogério Ceni. O caso mais emblemático é o de Gabi Neves.

Já Luxa, entre altos e baixos, acertou o Corinthians contando principalmente com a ascensão de jogadores da base. O zagueiro Murillo e o volante Gabriel Moscardo são os casos principais.

O que fez Dorival Jr no São Paulo

Dorival Jr assumiu o São Paulo com impacto imediato nos resultados. Sem reforços e sob ameaça de perder grandes nomes na atual janela de transferências, o treinador resgatou jogadores que vinham sendo deixados de lado por Rogério Ceni.

Gabi Neves: O uruguaio somava apenas três jogos com Ceni no ano, mas virou titular de Dorival e um dos grandes destaques da equipe tricolor. Ele só não entrou em campo três vezes antes de fraturar a costela contra o Palmeiras.

Alisson: o polivalente jogador perdeu o status de homem de confiança de Ceni e foi titular duas vezes com ele no ano. Na nova gestão, já são 13 jogos atuando desde o início. Ele jogou no ataque como ponta, já jogou centralizado e também como uma espécie de segundo volante.

Marcos Paulo: desafeto público de Ceni, o jogador virou uma opção muito utilizada vindo do banco com Dorival. Dos 24 jogos com o atual treinador, ele só não entrou em campo três vezes.

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Mesmo quem era utilizado por Ceni subiu de desempenho após a chegada de Dorival Jr. Luciano é o principal caso de crescimento com o novo comandante. Com Ceni, ele somava dois gols e duas assistências, mas já são seis gols e cinco assistências com Dorival.

Quem também subiu de produção e fez a torcida esquecer o antigo titular - fora por lesão - foi Caio Paulista. Ele já anotou três gols e registrou duas assistências com Dorival, sendo fundamental para a classificação sobre o Palmeiras na Copa do Brasil.

O que fez Luxa no Corinthians

O técnico Vanderlei Luxemburgo teve dois grandes desafios na chegada ao Corinthians: resgatar a confiança do elenco e encontrar soluções caseiras diante do orçamento curto para reforços.

Luxa penou a achar um time e quase foi demitido, mas agora vive um momento de relativa paz que pode se consolidar em caso de classificação contra o rival São Paulo para a final da Copa do Brasil.

O grande mérito do "pofexô" até agora é valorizar os atletas revelados na base. As crias do terrão têm mais espaço com o treinador de 71 anos em relação ao trabalho do auxiliar Fernando Lázaro.

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O zagueiro Murillo se firmou no time, enquanto Gabriel Moscardo, de 17 anos, virou titular do meio-campo diante das más fases de nomes como Giuliano, Maycon, Roni e Cantillo.

Outros da base ganharam espaço, mesmo que no segundo tempo dos jogos ou quando os titulares são poupados. São os casos deles:

Caetano

Matheus Araujo

Adson

Wesley

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Biro

Felipe Augusto.

Pedro, negociado com o Zenit (RUS) para 2024, foi para o fim da fila.

Ruan Oliveira, que não atuava há dois anos por consecutivas lesões, chamou a atenção, fez gol e renovou o empréstimo junto ao Metropolitano-SC. Chrystian Barletta, ex-São Bernardo, não agradou e luta até por lugar no banco.

Luxa apostou na base, porém, também teve que se preocupar com os mais velhos. Os laterais Fabio Santos e Fagner foram barrados antes de melhorarem e voltarem para a equipe, enquanto Gil ganhou apoio público, Róger Guedes atua com menos responsabilidade defensiva e Yuri Alberto, apesar da oscilação, ficou com a vaga após idas e vindas ao banco de reservas.

Outro fato da passagem de Vanderlei Luxemburgo é a variação tática. Nem sempre deu certo, mas ele não se apega em apenas um esquema e alterna entre dois e três zagueiros e dois ou três atacantes. Para enfrentar o São Paulo, a tática foi novamente adotar mistério.

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Mais seguro no cargo, Luxemburgo agora tenha olhar para cima: a vaga na final da Copa do Brasil daria a tranquilidade suficiente para sair de perto da zona do rebaixamento e consolidar o trabalho do veterano técnico do Corinthians.

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