Conheça sistema do Palmeiras que ajudou investigação da morte de torcedora
O sistema de segurança do Allianz Parque, que inclui biometria facial implementada pelo Palmeiras e exclusiva em estádios de São Paulo, contribuiu para a identificação do suspeito de matar a palmeirense Gabriella Anelli.
Reconhecimento facial
A biometria facial começou a ser implementada em todos os setores do Allianz Parque em maio deste ano. A tecnologia vem passando por testes na arena desde o início de 2023. A medida é uma forma de combater a ação de cambistas em jogos do Palmeiras.
Todos os torcedores, incluindo de clubes visitantes, passam pelo reconhecimento facial na catraca. Para adquirir ingresso e assistir a um jogo no Allianz Parque, é necessário se cadastrar no site do Palmeiras e associar seu CPF à compra. Não é preciso apresentar qualquer comprovante na catraca, a tecnologia reconhece o rosto do cliente.
Segundo o Palmeiras, o clube é pioneiro no mundo ao utilizar esse tipo de sistema em 100% dos portões. A Arena MRV, novo estádio do Atlético-MG, adotou a biometria em eventos-teste e promete usá-la a partir da inauguração oficial. O Goiás adota outro tipo de tecnologia para checagem de face desde outubro do ano passado.
A implementação da biometria facial rendeu um prêmio ao Palmeiras. Há cerca de duas semanas, o clube foi reconhecido por sua "inovação tecnológica" na Confut Sudamericana (Conferência de Futebol realizada no Rio de Janeiro).
A tecnologia já causou impasse entre Palmeiras e Real Arenas, empresa da WTorre que gerencia o Allianz Parque. O clube implementou o sistema para torcedores que possuem o Passaporte Allianz, cadeira cativa no estádio. A empresa caracterizou a decisão como "unilateral", e o Alviverde rebateu, defendendo a postura da presidente Leila Pereira.
A entrada para os camarotes do Allianz Parque ainda não utiliza a biometria facial. Os ingressos para os setores 'VIP' são comercializados por parceiros da WTorre, e não diretamente pelo Palmeiras, como acontece no resto da arena.
Monitoramento por câmeras
O Allianz Parque possui sistema de segurança com 300 câmeras, 30 delas no perímetro do estádio. A tecnologia permite análises de atributos físicos e acessórios dos frequentadores através do auxílio de inteligência artificial.
O Palmeiras forneceu os dados obtidos sobre o suspeito de matar Gabriella Anelli, atendendo a pedido da Polícia Civil de São Paulo. Imagens das câmeras de segurança ajudaram a reconstituir o crime que ocorreu antes da partida entre Palmeiras e Flamengo.
Contribuição no caso Gabriella Anelli
As câmeras de segurança e o sistema de biometria facial do Allianz Parque foram importantes para a prisão do suspeito de matar a palmeirense. Ivalda Aleixo, chefe do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), detalhou nesta terça-feira como foi possível identificar Jonathan Messias Santos, de 33 anos.
Nós também conseguimos as câmeras internas do Allianz Parque, e foi possível individualizar a conduta, que foi a primeira coisa a ser feita (...). Foi possível identificar a pessoa, que era um homem com barba. Ele entrou no estádio logo depois e foi feito o reconhecimento facial que tem no Allianz Parque Ivalda Aleixo