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Indígenas australianos acusam Fifa de 'simbolismo vazio' e pedem apoio

Cerimônia de abertura da Copa do Mundo feminina de 2023, na Austrália e Nova Zelândia Imagem: Phil Walter/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

27/07/2023 02h06

Classificação e Jogos

O conselho do "Indigenous Football Australia" acusou a organização da Copa do Mundo Feminina de não apoiar à comunidade indígena do país.

O que aconteceu

A carta enviada pelo conselho indica uma "omissão" da Fifa e mostra que a entidade não remunerou as organizações lideradas por indígenas.

O Mundial, disputado na Austrália e Nova Zelândia, traz elementos da cultura indígena nos estádios e em aberturas antes dos jogos. A secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, disse que o torneio também tem como objetivo destacar os povos antigos dos países-sede.

Mesmo assim, a comunidade indígena diz que essas ações representam um "simbolismo vazio".

Confira alguns trechos da carta abaixo:

"Apesar da onipresente cultura indígena, simbolismo, cerimônias e instalações tradicionais na Copa do Mundo, e da manutenção da cultura indígena como algo de valor central para o futebol, nem um único dólar do programa foi comprometido com organizações lideradas por indígenas.

Sem apoio à comunidade indígena e seus programas, consideramos esse simbolismo vazio.

Agora é a hora de nivelar o campo de jogo, alcançando ainda mais crianças, mais comunidades e capacitando a próxima geração de jogadores de futebol indígenas. É preciso aumentar o investimento em soluções que levem a uma mudança social impactante e garantam acesso igualitário ao futebol para jogadores indígenas e de elite."

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