Pia se justifica e diz que ataque da França surpreendeu: 'Jogo de precisão'

A técnica Pia Sundhage afirmou que o ataque da França "surpreendeu" a seleção brasileira no jogo de hoje (29) e cobrou mais precisão das jogadoras.

As francesas surpreenderam no primeiro tempo: "todas ficamos surpresas com esse ataque da França. Foi um erro [no gol da Renard], mas não foi o único. O erro central foi que não conseguimos um jogo com o estilo brasileiro, como [normalmente] jogamos".

Erros são sempre coletivos: "Nós estudamos sempre nos treinamentos, vemos vídeos, mas às vezes somos surpreendidas, como foi hoje. Não acredito em erros individuais, é sempre uma questão coletiva. É um trabalho de equipe, então não existem falhas individuais".

Um "torneio de detalhes": "Trata-se de gols e detalhes em torneios como este. É importante estar bem defensivamente e também no ataque. O futebol é um jogo de detalhes e de precisão, sobretudo em campeonatos com esse peso".

Veja, na íntegra, a coletiva de Pia Sundhage

Nervosismo

"Às vezes é meio complicado mesmo. É preciso que as pessoas se coloquem no lugar das jogadoras, é um grande nervosismo no momento".

Substituições e diversão com a bola

"Ana Vitória, que é boa para os desarmes, a Marta é uma jogadora de uma estrela enorme, a Monica, por causa da lesão da Antonia. Esperamos que nós pudéssemos ter maior entrosamento e criar uma pressão. A questão central é fazer como esse time se divirta mais com a bola, tenha mais a bola. Com certeza o time da França é mais duro, e temos de encontrar formas de desarmar os nossos rivais".

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Demora nas alterações

"São decisões que, como treinadora, é possível fazer, e o momento que temos é o intervalo, e elas conseguiram [voltar melhor]. Nós fizemos escolhas de substituições em momentos específicos. Acho que fizemos a coisa certa em não fazer as alterações no intervalo"

Manutenção do tabu

"Eu acredito que tem a ver com o treinamento tático e físico da França. Espero que nós possamos cada vez mais manter a posse da bola. Precisamos no concentrar. Nos primeiros minutos conseguimos alguma pressão, temos que nos espelhar em momentos como esse"

Estádio cheio

"Eu nunca vivenciei algo assim. uma torcida bem barulhenta, que torna mais intragável a derrota de hoje"

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Escolha por Geyse

"Geyse é uma jogadora muito poderosa, mas temos que pensar que nós fomos desarmadas muitas vezes. As nossas formações e ideias acabaram não se desenvolvendo. Faltou apresentar nossas ideias. Enfrentamos uma França muito forte e bem fechada. A Geyse ajudou hoje, com garra, e precisamos disso de várias jogadoras. Existem muitas pérolas na Copa, mas o que faz a diferença é o colar".

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