Copa: Andressa Alves vê Brasil pressionado em possível despedida de Marta
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A partida contra a Jamaica pode ser a última da craque Marta em uma edição da Copa do Mundo feminina. Caso o Brasil não se classifique, a camisa 10 fará sua despedida e de maneira melancólica.
As jogadoras sabem da importância deste duelo e preferem não colocar mais peso no confronto com a Jamaica por causa dessa possível última partida da Rainha.
"Não podemos entrar com o pensamento de que é a última Copa da Marta. A gente precisa ganhar por ela, mas também por todo trabalho que a gente teve, pela preparação", explicou Andressa Alves.
A experiente jogadora, em sua terceira participação em Copas, foi escalada para dar entrevista antes do duelo com as jamaicanas. Mesmo não sendo titular, ela transmite confiança e chama a responsabilidade em assuntos delicados.
"O jogo não só é diferente porque é a última Copa da Marta e sim porque é uma decisão. Se a gente não ganhar, vai voltar para casa mais cedo e não é isso que a gente quer", avisou.
Ela cita que, diante da França, o Brasil tinha mais tranquilidade por já ter conquistado três pontos na competição e as rivais não terem vencido. Agora, após a derrota para as francesas, a situação mudou e a equipe entra pressionada diante das jamaicanas. Por isso a experiência das atletas será fundamental.
"A minha experiência, da Marta e de outras jogadoras é tentar passar um pouco de tranquilidade para as mais novas, fazer com que no jogo contra a Jamaica elas estejam tranquilas. A Jamaica viveu um momento muito conturbado, mas agora chega muito bem e a gente tem que estar atenta, entrar concentrada", comentou.
Duelo contra a Jamaica
Confiança em alta. "Falo por mim e pelas companheiras, a confiança continua a mesma. Claro que perder foi duro. Foi difícil dormir, foi difícil no dia seguinte. A gente sofreu, a gente sentiu. Agora passou, temos que continuar focadas. O Brasil ainda é favorito contra a Jamaica. A gente depende só da gente. A gente tem que fazer nosso melhor jogo até agora na competição."
Geyse e Bia Zaneratto ainda disputam vaga. "A Pia não decidiu ainda, tem mais um treino pra ela decidir se vai ser a Geyse, a Bia. Talvez a Marta, talvez eu? A gente não sabe. A Bia é muito técnica, consegue buscar a bola e armar a jogada. Com a Geyse, a gente consegue a velocidade e a força dela. E o 1x1 dela, que é muito forte. Contra a França, não conseguimos explorar, tivemos muita dificuldade de sair na marcação, erramos muitos passes, acabamos perdendo a confiança no primeiro tempo. No segundo tempo voltamos melhor".
Situação do Grupo F
Com três pontos, o Brasil é o terceiro colocado da chave, e encara a Jamaica, vice-líder, com quatro. As seleções entram em campo na próxima quarta (2), às 7h (de Brasília).
Para avançar sem depender de outros resultados, o Brasil precisa vencer. Em caso de empate, a Jamaica garante vaga na próxima fase e a seleção brasileira precisa torcer por uma derrota da França.
No outro jogo da rodada final, a líder França, que também soma quatro pontos, mas leva vantagem nos gols marcados, encara o já eliminado Panamá, que ainda não pontuou.