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Copa: Seleção tem poucos familiares na Austrália e ganha apoio a distância

Lauren abraça o pai, Lekão, após partida da seleção feminina contra o Panamá Imagem: Fred Lee/Getty Images

Do UOL, em Melbourne

01/08/2023 18h00

Classificação e Jogos

É comum observar no ambiente da seleção brasileira a presença das famílias dos atletas, mas na Copa do Mundo feminina não tem sido desta forma. Com o alto custo de viagem, poucas jogadoras têm a oportunidade de atuar com os entes queridos próximos.

Poucas pessoas

Atualmente na seleção, apenas Lauren e Tamires têm algum membro da família na Austrália.

No caso de Lauren é o pai, Lekão, que foi sozinho ao país. Já Tamires tem a namorada Gabi Fernandes, que foi prestar apoio e também participa cantando dos esquentas antes das partidas.

Conforme o UOL apurou, a CBF não tem envolvimento nesse tipo de situação na feminina e nem na masculina.

Além do lado financeiro, já que é uma viagem mais cara, alguns familiares não conseguiram tirar o passaporte a tempo ou outras questões burocráticas.

"Sou muito grata a ele e a minha família. Não teve como trazer mais gente porque estamos do outro lado do mundo. Me sinto feliz e orgulhosa de ter ele aqui. É muito bom. No jogo só falou que estava orgulhoso e me amava", contou Lauren, citando a presença do pai Lekão.

A rotina

O contato das jogadoras com os familiares acontece nas folgas e também por chamadas de vídeo e celular. Em alguns momentos eles também vão aos treinos da seleção.

Cada atleta tem direito a uma cota de ingressos, facilitando o acesso ao estádio. Essa é uma prática comum.

No caso de Gabi, ela chegou à Austrália na véspera do primeiro jogo da seleção e fez uma promessa em caso de título. "Se o Brasil for campeão vou tatuar a estrela em mim. Acho que é uma conquista de todas as mulheres, vou levar a estrela comigo".

"Enquanto estava no Brasil o fuso foi difícil, nos falávamos pouco. Tentava sempre ter uma ligação de vídeo para tentar ficar mais próxima. A vida de atleta é meio solitária. Tentava sempre trazer nosso dia a dia e a rotina. Sempre peço para ela não falar que é a última Copa, acredito que dá para mais uma. Sempre pergunto como ela está mentalmente, fisicamente. Ela sempre diz que o clima está muito bom. Percebo o quanto está leve."

Apoio de casa

Sem poderem viajar ao país, as famílias se reúnem para apoiar as jogadoras do Brasil. As jogadoras vêm registrando nas redes sociais ruas pintadas nas cidades de cada uma e a mobilização dos familiares.

"Da minha família infelizmente não veio ninguém, mas sempre que temos um tempo falo com eles por vídeo, me dão apoio. Quando acordo entro em contato, me mandam fotos, perguntam como foi o treino. Temos de nos adaptar, o fuso é difícil. Mas na seleção somos uma família, conversamos sobre tudo, ameniza um pouco a falta da família", afirmou Luana.

Na Copa do Mundo masculina, mesmo sendo no Qatar, as famílias dos atletas registraram a ida ao país e todos contavam com alguém no local, inclusive com os filhos.

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