Dia 14 da Copa 2023: adeus de Marta e Brasil, e França de volta aos trilhos

O 14º dia da Copa do Mundo feminina terminou com a eliminação da seleção brasileira, e a amarga despedida de Marta dos Mundiais. O Brasil empatou sem gols com a Jamaica e deu adeus ao sonho do título inédito.

Por outro lado, quem voltou aos trilhos foi a seleção da França, que goleou o Panamá e terminou na primeira colocação do Grupo F.

Queda da seleção brasileira

O Brasil precisava da vitória para ir às oitavas de final, mas ficou no 0 a 0 com a Jamaica, e acabou na terceira colocação do Grupo F. As jamaicanas ficaram com a segunda vaga da chave.

É a terceira eliminação da seleção brasileira na fase de grupos, e a pior campanha em 28 anos. As outras aconteceram em 1991 e 1995.

Após o jogo, a técnica Pia Sundhage apontou "estresse" e "falta de coragem" como fatores que atrapalharam o Brasil. A comandante ainda lamentou a falta de criatividade verde-amarela contra o "paredão" jamaicano.

A seleção brasileira deixou o estádio de Melbourne abatida. Muitas jogadoras estavam chorando no caminho para o ônibus.

Atletas temem pelo futuro do futebol feminino. Um discurso muito repetido foi a preocupação com os investimentos que podem sair do futebol feminino após a eliminação.

Fico um pouco com medo de como o futebol feminino vai continuar no nosso país. Mas eu espero que não acabe assim. Tudo que a gente vive, toda essa luta das mulheres pelo futebol. Tamires, lateral da seleção brasileira

Despedida de Marta

Titular e capitã, a camisa 10 fez sua última aparição em uma Copa do Mundo. Em seu sexto Mundial, Marta amargou pela primeira vez uma queda na fase de grupos.

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"Não era, nem nos meus piores pesadelos, a Copa que eu sonhava. O povo pedia renovação, e está tendo. A única velha aqui só eu. As meninas têm um caminho enorme pela frente. Eu termino, mas elas continuam", falou Marta na saída do campo.

A Marta acaba por aqui, estou muito grata pela oportunidade que tive e estou muito contente com o que está acontecendo. Para elas é só o começo, para mim é o fim da linha.

Marta se despediu como maior artilheira da história e após seis edições de Copa do Mundo. A jogadora não marcou nesta edição.

O futuro da seleção feminina

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, admitiu a campanha "aquém do esperado", mas garantiu que a modalidade terá ainda mais investimento.

Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF, na minha gestão, de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo.

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O trabalho de Pia será reavaliado pelo comando da CBF no retorno ao Brasil. O contrato dela vai até 30 de agosto de 2024, após os Jogos Olímpicos de Paris.

Presidente do Brasil, Lula lamentou a eliminação, mas defendeu mais investimentos no futebol feminino. "O Brasil torceu até o último segundo. Agora é seguir investindo ainda mais no futebol feminino. Valeu pela garra", escreveu o presidente nas redes sociais.

Goleada da França e definição do Grupo G

A seleção francesa engatou a segunda vitória consecutiva e, de quebra, a classificação para as oitavas de final. A França venceu o Panamá por 6 a 3 e terminou a primeira fase na primeira colocação do Grupo F.

Antes do jogo, o técnico francês Hervé Renard se desculpou pelo comportamento na vitória sobre o Brasil.

O empate com o Brasil colocou a Jamaica nas oitavas, com a segunda posição do Grupo F.

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Mais cedo, a África do Sul virou sobre a Itália e venceu por 3 a 2, garantindo a vaga nas oitavas de final. Ela avançaram na segunda colocação do Grupo G.

Suécia venceu a Argentina por 2 a 0, segue invicta e também está no mata-mata. Com três vitórias, as suecas se classificaram na primeira posição do Grupo G.

O chaveamento da Copa do Mundo feminina

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