Árbitro de jogo com racismo com Vini Jr. diz que 'fez o que pôde'

O juiz disse que só queria continuar a partida e "não dar importância àquele grupo de pessoas que estava proferindo esses insultos".

A declaração foi dada por ele ao programa El Larguero, da rádio "Cadena SER", da Espanha.

O que ele disse?

Situação desagradável: "Foi muito desagradável, esse tipo de comportamento é muito triste e ainda mais quando acontece com você. A única coisa que eu queria era continuar o jogo e não dar importância àquele grupo de pessoas que estava proferindo esses insultos, mostrei meu máximo apoio [a Vini Jr.] e apliquei os protocolos de racismo. Fiz como devia e o resultado foi o que deu, espero que não volte a acontecer algo assim".

Proteção a Vini Jr.: "Vini Jr. obviamente queria sair de campo e eu entendo. Eu disse a ele para confiar em mim para tentar não levar a isso, que se isso acontecesse novamente [insultos] teríamos que voltar para o vestiário de 10 a 15 minutos. E se houvesse uma terceira vez, o jogo seria suspenso. Eu disse a ele que iria protegê-lo em tudo que pudesse. Ele confiou em mim e eu fiz o que pude da melhor maneira".

O caso

A partida entre Real Madrid e Valencia, pelo Campeonato Espanhol, foi paralisada aos 24 minutos do segundo tempo. Vini Jr. discutiu com alguns torcedores na beira do gramado após ter sido chamado de "mono", que significa "macaco".

O árbitro foi à beirada do gramado e, segundo a imprensa espanhola, seguiu o protocolo, que previa em um primeiro momento, um aviso nos telões e alto-falantes do estádio Mestalla.

Na mesma partida, Bengoetxea expulsou Vini Jr. após uma confusão envolvendo o brasileiro e alguns adversários — o atacante chegou a ser pego pelo pescoço e, ao fazer um movimento, acertou o rosto de um rival. Posteriormente, a suspensão foi retirada.

O caso de racismo foi denunciado e está correndo na Justiça da cidade de Valência.