Flamengo volta à Libertadores e vê boa fase ofuscada após crise com Pedro
O Flamengo enfrenta o Olímpia hoje (3), às 21h, no Maracanã, pela ida das oitavas de final da Libertadores. O cenário para o duelo decisivo poderia ser positivo para o clube, mas o Rubro-Negro chega em meio à crise iniciada com a agressão sofrida por Pedro e que culminou na suspensão do atacante da partida por determinação da diretoria, algo que ainda causa reflexos nos bastidores.
O que aconteceu
Pedro foi comunicado ontem (2) que seria punido pela diretoria por atos considerados de indisciplina.
Além de ter sido suspenso do jogo contra o Olímpia, o atacante também foi multado em 5% do salário.
O jogador acatou a decisão, ainda que contrariado, mas as partes não falam a mesma língua e há ruídos.
Classificação e jogos
A trégua momentânea entre Pedro e Flamengo aconteceu na última segunda-feira (31) quando o vice de futebol, Marcos Braz, foi até a casa do jogador e selou o acordo para que o atleta se reapresentasse após falta sem aviso prévio no mesmo dia.
O clube ressalta que a punição aplicada foi similar a casos envolvendo outros jogadores, como Gabigol, Marinho e Vidal, e que há um tratamento de igualdade em casos de indisciplina, sem ter nada em particular e direcionado contra Pedro.
O camisa 9, porém, entende que seu caso foi diferente dos demais, já que foi agredido por um funcionário do clube. Além disso, se incomodou que a punição não foi comunicada na reunião entre as partes em sua casa, acontecendo somente na véspera da partida contra os paraguaios.
A determinação do Flamengo é que Pedro cumpra o cronograma normal de treinamentos para quem está fora da relação do jogo.
O atacante é aguardado pelo Rubro-Negro para que fique à disposição da comissão técnica na partida deste domingo (6), contra o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro, ocasião em que pode até ser titular, já que Gabigol está suspenso.
Os motivos da punição
A punição se deu em virtude dos recentes episódios que a cúpula classificou como indisciplina por parte do jogador.
O camisa 9 havia se recusado a voltar ao aquecimento no jogo contra o Atlético-MG, motivo pelo qual se iniciou a discussão com o preparador físico Pablo Fernández.
Na última segunda-feira, ele foi ausência na reapresentação do elenco sem justificativa prévia. Os empresários do camisa 9, posteriormente, avisaram à cúpula que ele havia apontado "dores no rosto". O Rubro-Negro, por sua vez, computou a falta.
As partes conversaram ao longo do dia e ficou acordado que Pedro retornaria às atividades a partir de terça-feira, o que de fato aconteceu.
Na volta, não houve um papo separado específico entre Pedro e o técnico Jorge Sampaoli. O dia a dia vem sendo cumprido, mas o clima ainda tem resquícios da crise.
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O time rubro-negro está há 10 jogos sem perder e vem de triunfos importantes fora de casa, como contra o Grêmio, pela semifinal da Copa do Brasil, e Atlético-MG, pelo Brasileiro.
A partida de logo mais também será o retorno ao Maracanã após mais de 10 dias. Os bons resultados recentes, inclusive, pesaram também na avaliação da diretoria para a manutenção de Sampaoli após a agressão do preparador da comissão dele — Pablo foi comunicado da demissão no domingo.
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