Lucas diz que torcida foi fundamental em volta ao São Paulo: 'Mexeu muito'
Lucas Moura explicou em sua apresentação o que foi determinante para o seu retorno ao São Paulo.
O que pesou para a volta? "Quando saí do São Paulo, tinha pensamento de ficar dez anos na Europa. Fiquei agora sem contrato pela primeira vez, decidi ouvir todas as propostas e analisar com a família. Sendo bem sincero, algo que fez muita diferença foi o envolvimento da torcida".
Torcedores fizeram a diferença: "Invadindo as redes sociais minha e da minha esposa, coisa que nunca havia visto antes. Também vendo de fora o clube brigando em três competições, a alegria que tem. Isso mexeu muito também, e o carinho que tenho pelo clube, que sempre levei comigo. Isso fez toda a diferença de voltar para casa".
Identificação com o clube: "Saí do São Paulo, mas o São Paulo permaneceu dentro de mim. Sempre acompanhei, na medida do possível, procurei estar por dentro. O São Paulo sempre esteve no meu coração por ter sido formado aqui, ter vivido momentos bacanas".
Carinho desde a despedida: "Sempre recebi carinho nas redes sociais, sempre que vim de férias ao Brasil acompanhei o time no Morumbi. Estou muito feliz de estar tendo essa sensação de novo, muito animado, ansioso para pisar em campo. Ligação muito bacana essa identificação que tenho com o clube".
Felicidade da família: "Minha família é o bem mais precioso que tenho, é o que me dá forças. Minha esposa é minha melhor amiga, me ajuda em todas as decisões. Eles estão muito felizes de estar aqui, de ver essa alegria minha.
O que aconteceu
Lucas está de volta ao Tricolor paulista após quase 11 anos. Ele foi vendido ao PSG em 2012 e se despediu após o título da Sul-Americana daquele ano.
Ele assinou contrato até dezembro de 2023. O jogador de 30 anos tinha proposta de EUA, México, Inglaterra e Oriente Médio, mas decidiu defender o clube do coração no restante do ano.
A Cria de Cotia usará novamente a camisa 7. Ele aceitou a oferta de Alisson, que deixou o número à disposição.
O que mais Lucas disse em sua apresentação
Duração do contrato: "O contrato curto foi decisão em conjunto com família, empresários e clube. Tomamos a decisão e meu pensamento é viver o que tem nas mãos hoje. Quatro, cinco meses da melhor maneira possível. Parece que a ficha não caiu, voltando no CT em que vivi incríveis momentos. Agora é desfrutar, em janeiro a gente analisa a situação e toma outra decisão".
Camisa 7: "Gostaria de agradecer a atitude do Alisson por esse gesto nobre, demonstra a pessoa que ele é. Vi a entrevista que disse que cederia, confesso que fiquei um pouco sem jeito, mas é um numero que gosto de usar e que marcou bastante. Tenho identificação muito grande com esse número. Decidi aceitar, conversei com ele pessoalmente. Estou muito feliz de usar essa camisa".
Sem acordo com outro clube: "Não tem [pré-contrato], não tem nenhum acordo com nenhum outro clube. Tive contatos, algumas ofertas, mas não assinei nenhum acordo. Em janeiro estarei livre, quero viver esse período no clube. Em janeiro veremos o que vai acontecer".
Filhos animados: "O mais novo não entende praticamente nada, vai no embalo. O mais velho entende mais. Falou que queria que eu voltasse. Está muito feliz, aprendendo a cantar o hino, já gosta de futebol. Está sendo muito bacana o momento, espero viver grandes momentos e eles possam ter essa memória bem bacanas".
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Quero receberRetorno ao país: "Decisão de voltar para o Brasil não é muito simples, passa por diversas questões, não apenas campo. A gente pesa tudo isso, mas eu não posso voltar para um clube pensando em coisas ruins, quero pensar que as coisas vão sair bem, acredito no potencial do elenco.
Seleção no horizonte? "Sempre esteve na minha cabeça, no radar. Enquanto estiver jogando em clube que está em evidencia, em alto nível, vai ser um objetivo. Mas vamos pensar passo a passo, primeiro estrear, me enturmar no clube, depois pensar nisso".
Elenco e James: "Me sinto honrado de fazer parte desse elenco, que no decorrer da temporada tem crescido e chega com muita propriedade na semifinal. Muito feliz com a chegada do James, nível espetacular, dispensa comentários, vai agregar muito pro futebol brasileiro, não só pro São Paulo".
Reversões no mata-mata: "Me sinto honrado de voltar para onde fui formado e fui muito feliz. Continuar essa historia é muito gratificante. Chego para somar, temos desafios. Infelizmente, não posso jogar na volta das oitavas da Sul-Americana, mas acredito que são dois resultados reversíveis [junto da Copa do Brasil], diante do nosso torcedor, que tem comparecido em peso e empurrando".
Experiência internacional: "Chego para tentar colocar em prática tudo o que aprendi ao longo da carreira, experiência na Europa. Chego para dar meu sangue pelo clube e ajudar a conquistar os objetivos".
Possível estreia: "Ainda não tive uma conversa mais específica com a comissão, mas meu objetivo é estar preparado o mais rápido possível. Se depender de mim, estarei à disposição domingo".
Preparado fisicamente: "Me sinto muito bem fisicamente, tenho treinado bastante. O que falta é ritmo de jogo, foi muito bom treinar ontem e hoje, conhecer companheiros. Estou me sentindo muito bem, domingo estou à disposição. Vai depender da comissão técnica, vamos conversar e tomar a decisão mais adequada".
Versatilidade no ataque: "Com todo o tempo na Europa, eu adquiri bastante versatilidade. Posso jogar em diversas funções no ataque: pelo lado direito, esquerdo, centroavante, camisa 10 também.
Posição preferida: "Sendo bem sincero, fico muito confortável do meio para a frente. Sempre joguei com 10, armando as jogadas, gosto de ter a bola, de armar jogo, mas não tive essa conversa com Dorival. Chego para agregar e na posição que ele achar melhor. Mas me sinto muito mais confortável com essa liberdade para buscar jogo, armar e fazer minhas jogadas características".
Favoritismo na Copa do Brasil: "Não dá para falar em favoritismo [do São Paulo], até porque a vantagem é do Corinthians. É um clássico, mata mata, eles tem a vantagem, claro que perdem um grande reforço [Róger Guedes], talvez o melhor deles na temporada, mas acredito que vão vir muito forte".
Desvantagem reversível: "É totalmente reversível a situação. Diante do nosso torcedor, no Morumbi, e com a minha chega e a do James, o time fica mais forte. O favoritismo é do Corinthians ainda. A gente tem que sair para o jogo e pelo menos empatar. Mas está tudo em aberto, temos tudo para conseguir essa classificação".
Crias de Cotia: "Fico feliz em ver a garotada participando do profissional, subindo para completar os treinos. Passa um filme na cabeça. Fiquei quatro anos e meio em Cotia, aprendi muitas coisas. Hoje volto em uma situação diferente, fico muito feliz.
Mina de ouro na base: "O São Paulo tem uma mina de ouro em Cotia, sempre revela grandes jogadores. A base pode ajudar muito o elenco profissional, não só em campo como também na gestão, parte financeira".
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