Roberto Carlos fala sobre drama de Ronaldo em 1998: 'vi meu amigo morto'

Roberto Carlos recordou o drama de Ronaldo Fenômeno na decisão da Copa do Mundo de 1998, contra a França. O ex-lateral estava ao lado do atacante no momento da convulsão e pensou que ele iria morrer.

O que aconteceu

Roberto Carlos deu início ao tema ao ser questionado, especificamente, sobre como foi a Copa de 2002. "Todas as Copas... Eu estava na lista na 94 e não fui porque era muito novo. Em 98 perdemos para a França na final porque tinha que perder. O problema que nós tivemos de saúde... Muitas pessoas questionam... Eu vi meu amigo morto (...) Não gosto de falar disso. Vi [a cena]. Tomara que não tenha isso nunca mais".

Roberto Carlos elogiou a coragem de Ronaldo por ir a campo na decisão e disse ter pensado que o atacante havia morrido após uma trombada durante o jogo. "O Ronaldo foi do c***. Não sei se ele poderia jogar ou não. Mas ele falou: 'Poxa, se eu vim até aqui, o jogo mais importante não vou jogar? O f*** foi que, na primeira jogada, o Cafu fez um lançamento por cima da defesa e o Ronaldo saiu e o Barthez [goleiro] saiu. Ali eu falei: 'Ih, morreu'".

"Perder a Copa, dar depoimento, o Ronaldo quase morreu... Uma sensação de m***. Eu tive que desaparecer, nem dava entrevista", complementou.

O ex-lateral também fez críticas à imprensa brasileira pela repercussão do caso. "Na Europa todo mundo preocupado enquanto no Brasil buscavam problemas e em relação à saúde dele e à seleção. Isso aí não precisa saber, o que ele teve... O moleque quase morreu. 'Não, porque o Brasil vendeu a Copa'. Se fosse para vender, eu nem ia".

Bem-humorado mesmo diante do tema, Roberto Carlos até brincou com a situação citando o futuro casamento de Ronaldo com Celina Locks. "Se dá um ataque epilético na hora de botar a aliança, já era. A aliança não entra [risos]".

As declarações foram dadas ao podcast Podpah (veja o vídeo mais abaixo).

Convulsão horas antes da decisão

Ronaldo Fenômeno teve uma convulsão em seu quarto horas antes do jogo contra a França, pela decisão da Copa do Mundo de 1998.

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Roberto Carlos, companheiro de quarto de Ronaldo, viu o amigo se debatendo em convulsão e procurou ajuda.

Ronaldo entrou em campo horas depois como titular e, assim como a seleção brasileira, não conseguiu evitar a derrota de 3 a 0 para o time de Zidane e cia.

A única coisa que eu posso atrelar a uma convulsão no dia da final da Copa do Mundo é realmente esse estresse, um estresse muito alto, sob pressão e sem nenhum tipo de preparo. Ronaldo, em entrevista ao Fantástico

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