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Vitória épica: As 5 mudanças de Coudet que fizeram o Inter esmagar o River

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

09/08/2023 11h49

O Inter conseguiu uma classificação épica para as quartas de final da Libertadores. E um dos principais pilares do feito no Beira-Rio foi o técnico Eduardo Coudet. Com mudanças dentro e fora de campo, o argentino pegou uma equipe em crise e esmagou o gigante River Plate.

O que aconteceu

Eduardo Coudet assumiu o Inter no lugar de Mano Menezes há menos de um mês. Até o duelo com o River Plate, ontem, não tinha vencido na atual passagem pelo time gaúcho.

Mas suas ações já começavam a aparecer no time, seja no posicionamento dos jogadores ou nas condutas em campo.

Os reflexos da mudança de gestão no time também se refletiram em outras áreas, como a aceitação da torcida.

Quando viemos da Argentina, estava muito confiante que passaríamos. Pela postura dos atletas. O mérito de tudo o que aconteceu hoje é dos jogadores. Temos que ressaltar a atuação deles
Eduardo Coudet

Cinco mudanças de Coudet

Formação

Antes da troca de comando técnico, o Inter atuava no 4-2-3-1, com dois volantes lateralizados, dois pontas e só um atacante. O argentino mal pisou na capital gaúcha e já estabeleceu a sua formação preferencial em campo, o 4-1-3-2, com dois atacantes na frente, apenas um volante e três jogadores de construção. Foi o primeiro passo para povoar o campo de ataque e criar dificuldades para o River Plate começar suas jogadas.

Onde fica, onde marca

Mas a principal mudança do time não foi matemática, e sim de postura. Se com Mano a equipe costumava marcar recuado e dar campo ao adversário para se proteger, com Coudet o time exerce a marcação no campo ofensivo e busca retomar a bola assim que a perder.

Várias retomadas ofensivas ocorreram ao longo do jogo contra o River como reflexo dessa nova conduta. Com a bola no campo de ataque, o Colorado empurrou o rival argentino para trás.

Apreço à bola

Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Depois de sua estreia, Coudet já deixou claro que gosta que seus times tenham perto de 60% de posse de bola durante os jogos e troquem mais de 500 passes a cada partida. Antes, com Mano, o Inter buscava concluir suas jogadas rapidamente.

Com um novo pensamento em mente, o time alterou de forma brusca sua conduta coletiva, tratando de tocar a bola e manter o controle do jogo desta forma. Contra o River, mesmo num jogo tenso contra um adversário forte, o Inter teve 55% de posse e trocou 447 passes, se aproximando das marcas almejadas.

Vamos correr sempre

Uma das premissas do trabalho de Coudet é que o time corra sempre, não pare em momento algum. Ainda que siga sentindo um pouco os reflexos do início do trabalho da preparação física, cujo responsável foi trocado pelo diagnóstico de um rendimento aquém do esperado, o time já tem disputado de forma intensa cada vez mais os jogos. "E vamos correr muito mais", garante o treinador.

Relação com a torcida, rendimento individual

Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Desde o anúncio da contratação de Chacho, a relação entre o time e seus torcedores mudou. O ambiente de vaias que perseguiu a equipe e alguns jogadores específicos se transformou em apoio.

Ontem, o Inter quebrou seu recorde de público no Beira-Rio com 50.479 presentes. A festa começou antes mesmo da chegada da delegação, com o espetáculo "Ruas de Fogo", em que os aficionados esperam o ônibus do time com sinalizadores vermelhos nos arredores do estádio.

O clima bom deu estabilidade para crescimentos individuais de atletas antes questionados, como Johnny e Bustos, que vivem ótimas fase.

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