Foi pênalti para o Atlético-MG contra o Palmeiras? Ex-árbitros são unânimes

O UOL ouviu ex-árbitros sobre o possível pênalti não marcado para o Atlético-MG contra o Palmeiras, no Allianz Parque, pela partida de volta das oitavas da Libertadores.

Eles foram unânimes em que o argentino Fernando Rapallini acertou ao não assinalar a penalidade em toque no braço de Gabriel Menino na área. Confira as opiniões:

Carlos Eugênio Simon

Não foi pênalti, braço do Gabriel Menino em posição normal ao lado do corpo. Bola vem da cabeça de um companheiro próximo. Jogo que segue.

Nadine Basttos

Não foi pênalti! Gabriel Menino está com o braço em posição natural e a bola vem do próprio companheiro de equipe. Pela regra do jogo, isso não é considerado infração.

Emídio Marques

O que determina um tiro penal por toque é a intencionalidade. O braço do jogador do Palmeiras está próximo ao corpo e acidentalmente a bola toca, sem caracterizar a intencionalidade. Logo, o árbitro argentino agiu corretamente ao aplicar as Regras do Jogo. Não houve pênalti.

Guilherme Ceretta

Acertou em não marcar. Mas o problema não é esse lance específico. O problema são os outros marcados igual a esse que deixam o torcedor e a imprensa confusos, e com razão. Faltam critérios.
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Arnaldo Cezar Coelho

Não vi irregularidade.

Alfredo Loebeling

Não é pênalti. A bola veio do jogador da mesma equipe, não tem como marcar a penalidade. Só é triste você ver jogadores profissionais e uma comissão técnica como o do Atlético-MG não conhecerem a regra e reclamar.

O que aconteceu

O Palmeiras avançou às quartas de final da Libertadores com o empate por 0 a 0 com o Atlético-MG, no Allianz Parque — um gol do Galo levaria a decisão para as penalidades. O Alviverde tinha a vantagem pela vitória por 1 a 0 no jogo de ida, no Mineirão.

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Os atleticanos reclamaram de pênalti não marcado aos 25 minutos do segundo tempo. No lance em questão, Mayke foi afastar uma bola da área do Palmeiras e acabou acertando no braço de Gabriel Menino, seu companheiro de equipe.

O árbitro Fernando Rapallini, que estava em cima da jogada, mandou o jogo seguir. O VAR não sugeriu a revisão da jogada no monitor.

Hulk disse após a partida que o árbitro ficou "meio na dúvida". O atacante afirmou que conversou com o juiz e criticou o critério da decisão.

O que diz a regra

Regra 12: Tocar na bola com a mão ou o braço

Com a finalidade de determinar com clareza as infrações por toque na bola com a mão, o limite superior do braço se alinha com o ponto inferior da axila. Nem todos os contatos da mão ou do braço de um jogador com a bola constituem uma infração. No entanto, cometerá uma infração o jogador que:

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  • Tocar na bola com sua mão ou seu braço deliberadamente; por exemplo, deslocando a mão ou o braço na direção da bola;
  • Tocar na bola com sua mão ou seu braço quando estes ampliarem o corpo do jogador de maneira antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural quando a posição de sua mão ou seu braço não for consequência do movimento do corpo nessa ação específica ou não puder ser justificada por esse movimento. Ao colocar a mão ou o braço nessa posição, o jogador assume o risco de que a bola acerte essa parte de seu corpo e de que isso constitua uma infração;
  • Marcar um gol no adversário:

- Diretamente com a mão ou o braço, mesmo que em uma ação acidental, incluindo por parte do goleiro da equipe atacante;

- Imediatamente depois de a bola tocar na mão ou no braço, mesmo que de maneira acidental

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