Craque da Holanda, Jill Roord se inspira em Ronaldinho e tem pai ex-jogador
Dona de uma ótima campanha na Copa do Mundo feminina, a Holanda tem em Jill Roord sua artilheira e melhor jogadora da equipe no torneio.
Inspirada por Ronaldinho e Michael Jordan
"Meu ídolo era o Ronaldinho Gaúcho. Ele era o melhor do mundo na época. O futebol dele me fazia ficar horas diante do computador assistindo às suas jogadas", revela Jill Roord. Ela se refere ao período em que era pré-adolescente e que "jogava bola todo dia".
Hoje liderando a Holanda rumo ao inédito título mundial, Jill Jamie Roord, meia de 26 anos, está se consagrando como uma das melhores jogadoras da atualidade. Ela é natural de Oldenzaal, município localizado na província de Overijssel.
Roord também explica que tinha o ex-jogador de basquete Michael Jordan como um de seus atletas preferidos no esporte.
"Michael Jordan sempre foi um dos meus atletas favoritos no mundo", declarou a meia-atacante.
Família com histórico no esporte
Jill Roord é filha do ex-jogador de futebol René Roord, que chegou a jogar no sub-20 da Holanda com Marco Van Basten — um dos maiores ídolos do país. A carreira de René foi curta e inteiramente dedicada ao Twente durante a década de 1980.
A mãe de Roord também teve passagem no esporte, mas pelo basquete holandês juvenil.
Desde criança, Roord se interessou pelo futebol, por causa das influências de família, amigos e seus ídolos esportistas. Com apenas cinco anos, ela começou a jogar em times amadores de escolas, até chegar aos testes mais profissionais, quando a chave virou.
Se você joga profissionalmente em algum momento, começa a virar algo sério. Sempre me disseram para aproveitar, isso é o mais importante
Jill Roord
Seleção holandesa
Roord fez sua estreia pela seleção principal da Holanda em fevereiro de 2015. Virou figurinha carimbada nas convocações, embora começasse a maior parte dos jogos na reserva.
Ela esteve no elenco que venceu o título da Eurocopa de 2017. As anfitriãs daquela edição ganharam da Dinamarca por 4 a 2 na final, em sua primeira e única taça até agora.
Considerada uma reserva de luxo, tudo mudou na Copa de 2019, quando Roord marcou o gol da vitória holandesa na estreia diante da Nova Zelândia.
Foi o melhor momento [da minha carreira] até agora. Depois do jogo, fui ver minha família e minha mãe estava chorando. Foi um momento muito bonito.
Jill Roord em entrevista para a Fifa.
E não parou por aí: a jovem atleta esteve na ida holandesa à final daquela edição, mas acabou perdendo para os EUA por 2 a 0.
Um pouco antes, na semifinal, Roord precisou atuar improvisada como zagueira e a defesa holandesa não sofreu nenhum gol e avançou para a grande decisão vencendo a Suécia por 1 a 0.
Carreira nos clubes
Seguindo os passos de seu pai, Roord também começou sua carreira no Twente. E logo aos 16 anos, em 2013, a holandesa já surgia como uma grande joia a ser lapidada.
Ela passou quatro temporadas no clube holandês até acertar com o Bayern de Munique, em 2017.
Em 2019, a meia-atacante foi contratada pelo Arsenal e ficou duas temporadas por lá, antes de retornar à Alemanha para seu grande momento na carreira.
No Wolfsburg, Roord chegou como grande destaque da equipe. Saiu do clube após dois anos, conquistando três títulos e levando a equipe à final da Liga dos Campeões de 2023, com 31 gols em 68 partidas.
Ao final da Copa, a holandesa fará sua estreia pelo Manchester City, seu novo clube. Roord se apresentará como a contratação mais cara da história do clube inglês.
Principais títulos: Eurocopa (2017), Campeonato Alemão (2021/22), Copa Alemã (2021/22 e 2022/23) e Campeonato Holandês (2015/16)
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