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Felipão diz que não fala mais sobre arbitragem: 'Taxado de bandido'

Luiz Felipe Scolari, técnico do Atlético-MG, durante partida contra o Bahia pelo Brasileirão Imagem: Gilson Lobo/AGIF

Colaboração para o UOL, em Maceió

13/08/2023 13h54

O técnico Felipão comemorou a vitória do Atlético-MG sobre o Bahia, mas também afirmou que não comentará mais sobre a arbitragem.

O que aconteceu?

Ele será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta de uma declaração após a vitória contra o Grêmio na 16ª rodada.

Eu não falo mais. Praticamente sou taxado de bandido. Não dá. (?) Vou ser julgado de novo. Democracia é o Brasil, mas não é mais. Se expressar uma opinião, parece que estou falando mal do mundo. Não vale mais a pena discutir isso.

Felipão afirmou que também não faria a coletiva, já que suas respostas estão sendo mal-interpretadas.

Eu nem viria na coletiva porque está havendo um problema nas coletivas com as minhas respostas. Minhas respostas serão menores e não é porque vocês (jornalistas) não mereçam, mas porque é uma fase difícil que a gente tem que enfrentar.

O técnico também preferiu ver o lado positivo nas reclamações de Hulk, já que agora o atacante não recebe cartões amarelos.

"São 6 ou 7 jogos que não é capitão. Hulk só recebeu amarelo porque ele era capitão. Ele se dirigia ao árbitro. Ele tem ficado bravo, como todos nós, porque estamos espumando de raiva com uma coisa ou outra. Ele não tem recebido amarelo. Aquilo que o Hulk tem feito não é tão invasivo na arbitragem como aquilo que era analisado anteriormente. O Hulk está fazendo o possível para ser útil e ajudar a equipe nesse momento difícil", declarou.

Confira trechos da coletiva

Feliz pela vitória. "Pela primeira vez, vou almoçar em algum restaurante. Acho até que vou tomar uma cervejinha ou vinho, qualquer coisa, porque ganhar estou desacostumado até a ganhar uma. Vou ter a oportunidade de ir num restaurante. Os pais, não pela vitória do Atlético, pelos filhos que tem, façam isso também."

Bahia. "São estratégias e nós queremos passar a vocês desde que já que apostamos que esse time não desce. Provavelmente vencerá muitos jogos quando jogar em casa principalmente. Pelas minhas ideias, estarão brigando entre 8 e 14 lugar. É uma equipe competitiva, ajustada, e o Renato faz um grande trabalho. Vencer o Bahia hoje mostra a sequência do que fazemos com os jogadores. É a segunda partida que vencemos no Brasileirão, é o terceiro jogo que não tomamos o fatídico gol. Se erramos alguns gols, estamos trabalhando para criar oportunidades e os jogadores estão fazendo o que podem."

Gols perdidos. "Trabalhamos durante a semana para que possam surgir as oportunidades. Temos que trabalhar uma situação que surgiu duas vezes e que temos que fazer o gol. Temos 19 decisões no campeonato."

Igor Rabello. "Nós perdemos um grande jogador. O Igor Rabello. É muito bem aceito, um líder. Nós colocamos o Lemos, que é da seleção do Uruguai. Temos uma equipe boa. Temos que jogar de forma consistente, como jogamos contra o Palmeiras, São Paulo, e temos condições de crescer ainda mais no campeonato. Queremos algo a mais e vamos brigar pelos objetivos que traçamos. O objetivo é ir bem nas 19 decisões."

Preparação. "Temos uma semana cheia para trabalhar. As pessoas que trabalham conosco vão moldando o tipo de trabalho e vamos coordenando para que as situações sejam melhor aproveitadas. Vamos olhando de um jogo para outro para ver as mudanças de trabalho para acrescentar ao nosso grupo ou ao nosso jogador. Isso não é de um dia para o outro. A parte psicóloga é muito importante e ouvi na preleção de um dos jogadores para que fiquemos não nos jogos que perdemos, mas nós que temos pela frente. O remédio para tudo é trabalho."

Paulinho. "Quem fez o gol do jogo? Quem fez contra o Flamengo? Se o Paulinho faz dois, três gols, em seis ou sete jogos. Ele tem que errar às vezes, se não seria o melhor jogador do mundo. Ele acerta e me dá muito mais do que erra. É um dos jogadores que mais confio dentro do grupo. A parte psicológica dele é muito boa. Não me preocupo com o que aconteceu (vaias) porque não me preocupa que a torcida faça algo contra A ou B e desestimule nossos jogadores. Eles são nosso 12 jogador e estamos devendo a eles, mas vamos tentar pagar isso."

Substituições. "Hoje eu poderia colocar o Rever, o Pedrinho. Faltavam 30 segundos. Eu queria terminar o jogo, não importa quem eu iria colocar. Já testamos jogar com três zagueiros. O Bruno foi uns só zagueiros escolhidos para treinar com os três zagueiros e as características dele são boas para isso porque já jogou pelo lado direito e como lateral. Se precisarmos colocar, estaremos colocando de forma consciente. Não é pela questão física. A do Batalha se deveu a que ele vem tendo uma dificuldade na parte física e hoje ele teve mais dificuldade no momento que foi substituído. A do Otávio foi pelo cartão amarelo. Não posso falar "o futebol está diferente". O futebol está tão dinâmico e vamos fazendo substituíveis técnicas e físicas para que tenhamos condições iguais às dos adversários."

Torcida. "Acho que o torcedor está junto conosco. Pretendo ver assim. Se a torcida entendeu diferente, eu somente respondi uma pergunta que nós, estatisticamente, estávamos lá em 13º. Daquela forma em diante, era ruim. Se foi ofensivo, não tive essa intenção, mas também não há nada de errado em expor e ser sincero. É difícil porque hoje, quando se é sincero, não existe mais. A torcida vem sendo excelente. Participou hoje, contra o Palmeiras, contra o São Paulo. Necessitamos desse entusiasmo e que a torcida mantenha o carinho pela gente."

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