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Única técnica mulher entre semifinalistas da Copa, Sarina pede equilíbrio

Sarina Wiegman, técnica da Inglaterra, em treino na Copa 2023 Imagem: Naomi Baker/The FA via Getty Images

Do UOL, em Sydney

15/08/2023 04h00

Classificação e Jogos

A Copa do Mundo feminina foi histórica em termos de exposição e audiência para as mulheres, mas também evidenciou a falta de treinadoras na modalidade. Sarina Wiegman, da Inglaterra, é a última representante na competição, que começou com 12 em 32 times.

Das oito edições anteriores, quatro foram vencidas por mulheres. Jill Ellis tem dois nos Estados Unidos (2015 e 2019) e Tina Theune e Silvia Neid, pela Alemanha (2003 e 2007, respectivamente). Nas Olimpíadas, por exemplo, os últimos três ouros foram de mulheres (Bev Priestman com o Canadá, Silvia Neid pela Alemanha e Pia Sundhage nos EUA).

"Esperamos ter mais mulheres treinadoras em alto nível, para ficar melhor do que está agora. Claro que homens são bem-vindos, alguns fazem bons trabalhos, mas se for mais equilibrado vai inspirar mais mulheres a treinarem e se envolverem", disse Sarina.

Em 2019, na França, eram nove mulheres em 24 times. Na Inglaterra, cinco dos 12 times na liga nacional terminaram a temporada sendo treinados por mulheres.

Mulheres na Copa

As treinadoras neste Mundial foram: Pia Sundhage (Brasil), Sarina Wiegman (Inglaterra), Martina Voss-Tecklenburg (Alemanha), Bev Priestman (Canadá), Inka Grings (Suíça), Milena Bertolini (Itália), Amelia Valverde (Costa Rica), Desirre Ellis (África do Sul), Hege Riise (Noruega), Jitka Klinkova (Nova Zelândia), Vera Pauw (Irlanda) e Shui Qingxia (China).

Shui Qingxia se tornou a primeira mulher a treinar a China neste ano. Ela jogou a primeira Copa do Mundo da história, em 1991, pela seleção.

"O que esperamos é que a gente tenha mais equilíbrio no futuro, e estamos trabalhando nisso, pelo menos na Inglaterra. Sei que em muitos outros países também, para dar oportunidades de ter mais mulheres em campo e espero que também mais treinadores no jogo", disse Sarina.

Da educação ao futebol

Bicampeã europeia, Sarina Wiegman teve um longo caminho até se tornar treinadora. Nascida na Holanda, ela teve de cortar o cabelo curto para jogar futebol ao lado do irmão gêmeo, já que as mulheres não podiam praticar esportes.

Quando era adolescente, foi para os Estados Unidos e iniciou o sonho de trabalhar com futebol, mas na volta para a Holanda viu que teria dificuldades. Por isso, começou a ser professora de educação física. Equilibrando as carreiras, enfim conseguiu embalar na modalidade.

Sarina foi campeã nacional com o Ter Leede e o ADO Den Haag Women na Holanda antes de assumir a seleção holandesa. Primeiro como assistente em 2014, passando por interina e finalmente em 2017 recebendo a chance como técnica principal. No mesmo ano, foi campeã da Eurocopa.

Depois do título e de chegar à final da Copa em 2019, Wiegman foi para a Inglaterra em setembro de 2021. Ela foi anunciada em agosto de 2020, mas só assumiu após as Olimpíadas. No ano passado, foi campeã da Euro novamente. Agora, tenta levar as inglesas ao primeiro título mundial.

Seu próximo desafio é a Austrália, na semifinal da Copa, em jogo que vale uma vaga na decisão. Do outro lado lado o duelo será entre Espanha e Suécia.

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