OPINIÃO
'Austrália demorou a se ajustar com Sam Kerr em campo', analisa Milly
Colaboração para o UOL, em São Paulo
16/08/2023 11h01
Classificação e Jogos
Para a colunista Milly Lacombe, a Austrália demorou para se acertar em campo com Sam Kerr no time, durante a Copa do Mundo Feminina. A declaração foi feita no Joga Junto, programa que o UOL Esporte transmite diariamente durante o Mundial.
'Sete minutos de sonho'. "[A questão emocional] pesou muito. A Mary Fowler fez o pior jogo na Copa. Errava passes, estava deslocada - o que não tinha acontecido no torneio. Acho que elas sentiram, sim. [...] Acontece. É uma pena, mas acontece no futebol. Às vezes, as que mais tentam cometem erros que ficam para a história. Foram sete minutos de sonho para a Austrália, quando a Sam Kerr empatou. Depois, a Inglaterra voltou a liderar".
Ajuste complicado de Kerr. "Além do descompasso emocional - elas sentiram o peso de estar em uma semifinal e poder chegar à final, acho que o time demorou a se ajustar à volta da Sam Kerr. É estranho falar isso. É a melhor do time, mas a Austrália se virou - e bem - para jogar sem ela. Com ela em campo foi diferente".
Milly: 'Austrália não foi à final, mas fez história; benefício é mundial'
A colunista Milly Lacombe avaliou que, mesmo eliminada na semifinal da Copa do Mundo Feminina, a Austrália fez história.
O que as Matildas fizeram pelo futebol da Austrália, da Oceania e do mundo, a gente vai demorar muitos anos para elaborar e absorver. É coisa demais que aconteceu na Austrália. Infelizmente, não foram para a final, mas isso não diz muito sobre a empreitada de sucesso delas. [...] A abertura está feita. É histórica. E vai beneficiar mulheres, meninas na Austrália e no mundo inteiro.
Milly Lacombe
'A Kerr é assim: perde uma cacetada de gols até fazer um', diz Laura Luzzi
A comentarista Laura Luzzi avaliou que a atuação de Sam Kerr na semifinal da Copa do Mundo Feminina, com golaço e gols perdidos, foi dentro do esperado para a atacante.
A gente fala da Sam Kerr no Chelsea, que é fazedora de gols, que fez gol na final da FA Cup, mas ela perde muito gol. Ela perde uma 'cacetada' de gols para fazer o dela. Então, foi ela como sempre é: faz gol, é decisiva, mas perde muito também. Faz parte.
Laura Luzzi
Gabi Guimarães: 'Técnica inglesa encontra soluções; resultado não é aleatório'
A comentarista Gabrielle Guimarães destacou o papel de Sarina Wiegman, treinadora da Inglaterra, para que a seleção chegasse à final da Copa do Mundo Feminina.
A Inglaterra tem um futebol muito superior: venceu a seleção mais técnica, com mais repertório. Tudo isso passa pela Sarina [Wiegman, técnica da Inglaterra] também. [...] A gente já destacava no jogo de quartas de final, a treinadora faz com que o time encontre soluções. É tudo treinado. Não é aleatório. Não é só a qualidade das jogadoras. Há alternativas de bola parada, de mudança de esquema dentro do jogo. Tudo isso passa pela treinadora. Ela tem muito mérito na classificação também.
Gabrielle Guimarães
Laura Luzzi: 'Seria acaso se Brasil vencesse a Copa do Mundo Feminina'
A comentarista Laura Luzzi opinou que o Brasil ainda não investe como deveria no futebol feminino e, se vencesse o Mundial, seria obra do acaso.
A gente vê o futebol feminino mais respeitado. E quem mais respeita, está colhendo frutos. As ligas que não respeitam tanto, devem olhar além do respeito merecido, mas o produto. É um produto que deixa Wembley lotado, Camp Nou lotado. Os países que investem, colhem frutos. É um investimento que vem da base. Eu espero que o Brasil olhe para isso, comece a investir e entenda o futebol feminino como produto, para que, daqui a quatro anos, a gente colha os frutos com mérito. Não como acaso. Acho que seria [acaso] se o Brasil ou outra seleção fosse campeã.
Laura Luzzi
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