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'Talvez eu nem esteja aqui', diz Sampaoli sobre pausa até final contra SPFC

Do UOL, em São Paulo

17/08/2023 00h27

O técnico Jorge Sampaoli, do Flamengo, despistou sobre sua continuidade no cargo ao falar sobre a dinâmica do futebol brasileiro. Após a vitória rubro-negra sobre o Grêmio, ele também abordou a comemoração dos atletas no gol de Arrascaeta — os jogadores se reuniram e abraçaram o argentino.

Projeção da final. "Temos que jogar como hoje para competir com um time que está em um momento de crescimento. Vai acontecer daqui um mês. Aqui, um mês é como se fosse um ano. De repente... talvez eu nem esteja aqui. O futebol aqui é isso, é sangue. Hoje, sabemos que o São Paulo tem um nível altíssimo, há cinco semanas não. Tem que ver como eles chegam e como nós chegamos. Temos que competir contra um time que tem não só bons jogadores, mas também um bom treinador."

Comemoração conjunta. "É uma sensação de alegria quando fizemos o gol, era uma classificação para a final. Normal. A alegria dos jogadores é normal por terem alcançado algo que nem vocês e nem o Flamengo esperavam. Foi uma descarga de alegria por chegarmos à final."

Falta de união com o elenco? "No exército, em momentos como hoje no gol, a união é importante. Mas mais importante é quando as coisas não saem. Na vida e no futebol, normalmente as coisas saem menos [alegres] do que mais [alegres]. Aí, realmente, você vê o ser humano: quando as coisas não funcionam. Quando as coisas vão bem e quando sai o gol, a celebração é normal. A decisão do treinador na tomada de decisão está vinculada à projeção e à execução, e nesta área [execução] eu não chego. Tenho uma forma de treinar e jogar na qual o time está tentando. Às vezes, consegue, mas às vezes não. Pela transição que estamos tendo, depois de uma grande crise antes da minha chegada, isso pode acontecer — como também não pode. Estamos tentando convencer um grupo de esportistas que joguem de uma determinada maneira. Isso às vezes leva tempo, às vezes acontece rápido e às vezes nunca acontece."

Jorge Sampaoli, técnico do Flamengo, durante partida contra Grêmio Imagem: DANIEL BRASIL/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Sensação pós-vitória. "Chegar a uma final de Copa do Brasil, com uma sequência de jogos que teve o time, é muito importante. O time hoje jogou muito melhor do que vinha fazendo nos últimos tempos e estou feliz por isso."

Pulgar titular. "Coloquei ele porque é um volante fixo que nos dá muito equilíbrio. Hoje, com ele, o time teve muita saída de bola. Optei por ele porque ele deixou a titularidade por uma lesão e, sinceramente, para mim, ele é muito importante."

Conversa com Pedro. "Não falo de situações privadas, não falo. Tenho uma relação com os atletas em que temos o timing de falar para que tudo aconteça com total normalidade e no tempo que penso como certo. Sinceramente, sobre as conversas privadas, eu não menciono."

Rodrigo Caio. "É um profissional que sofreu muitas lesões em sua carreira. Agora, ele está melhorando, está ótimo, mas terá que disputar um lugar com David Luiz, Léo Pereira, Fabrício Bruno e inclusive Pablo. É uma decisão de perfil e tática agora. É um jogador que tem muita qualidade."

Confronto com Dorival. "Para mim não existe a pressão [extra] de enfrentar um rival que já ganhou um título com o Flamengo. Dorival tem um time extremamente competitivo e que teve um pequeno lapso contra o Corinthians, mas realmente foi superior hoje. É uma partida muito difícil e importante. Espero que o elenco tenha a motivação que necessita para ganhar um título. Estes jogadores vêm de eliminação. Temos que disputar esta final como uma vida."

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