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Como suspeita sobre Paquetá e Luiz Henrique tumultuou convocações na CBF

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF Imagem: Thais Magalhães/CBF
Igor Siqueira e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

19/08/2023 04h00

As folhas com a lista de convocados para a seleção brasileira tinham cheiro de tinta fresca. Era uma relação alterada às pressas por causa da suspeita de envolvimento do meia Lucas Paquetá com apostas esportivas.

O jogador do West Ham seria chamado para os jogos do Brasil nas Eliminatórias. A correria para reimprimir o que seria anunciado por Fernando Diniz resume como o caso impactou duas das três convocações da CBF ontem (18).

O que aconteceu

Diniz ficou sabendo da questão envolvendo Paquetá quando estava a caminho da CBF. A publicação inicial sobre o caso e como isso tinha feito a negociação com o Manchester City ruir veio do jornal Daily Mail.

Quando chegou à CBF, o processo foi verificar qual jogador seria o substituto do meia na convocação para os jogos pelas Eliminatórias, contra Bolívia e Peru, em setembro.

A CBF sempre distribui aos jornalistas a lista mencionada pelo técnico da seleção. Com auditório da CBF lotado, o material precisou ser refeito. A convocação começou com 20 minutos de atraso. Nada de Paquetá.

Diniz não quis dizer quem entrou na lista por último, mas o meio-campo teve Raphael Veiga e Joellinton. Potencialmente, eles fazer a função de terceiro homem do meio-campo.

Ao longo do dia, já depois da convocação da principal, apareceu o nome do atacante Luiz Henrique, do Bétis, dentro do contexto da investigação sobre Paquetá.

Luiz Henrique estava inicialmente na convocação de Ramon Menezes para a seleção olímpica. O técnico tirou o jogador às pressas, sem nem mesmo escolher um substituto de imediato. Na lista da sub-23, nem papel reimpresso para os jornalistas teve.

Quase 3h depois do anúncio de Ramon, veio o substituto: Bitello, do Grêmio.

CBF tenta entender caso

O alerta envolve uma aposta casada para que Paquetá e Luiz Henrique levassem cartão amarelo em jogos realizados em 12 de março. A CBF não recebeu informações adicionais ao que foi publicado pela imprensa sobre o caso de Paquetá e Luiz Henrique.

O presidente Ednaldo Rodrigues foi avisado por Fernando Diniz que Paquetá seria tirado da lista. Segundo os dois lados da conversa, foi uma iniciativa do treinador.

"Eu abro mão de ter informação antecipada. O posicionamento do Diniz foi não fazer pré-julgamento da situação, mas deixar o atleta livre para se defender daquilo que está sendo acusado", disse Ednaldo.

Depois, Ramon repetiu o critério com Luiz Henrique na lista sub-23.

"A gente observa, esperando que as pessoas suspeitas possam provar que não é aquilo que está acontecendo. Mas a gente vai respeitar o posicionamento final das autoridades que estão investigando. Tomamos com surpresa e vamos acompanhar o desenrolar das investigações", completou o presidente da CBF.

A assessoria de Paquetá disse que não comentaria o assunto. O Luiz Henrique já passou o caso ao seu estafe jurídico e não se pronunciará sobre o tema. O jogador colaborará com as investigações e está à disposição das autoridades competentes.

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