Espanha e Inglaterra buscam título inédito em maior Copa da história

Espanha e Inglaterra chegaram a final da Copa do Mundo feminina pela primeira vez na história e estão a um jogo de realizar o sonho de levantar a taça, domingo (20), às 7h (de Brasília), em Sydney, na Austrália.

As protagonistas da única decisão 100% europeia nos últimos 20 anos driblaram problemas e agora se prepararam para conquistar o que o presidente Gianni Infantino, da Fifa, batizou de "a maior Copa feminina da história".

Espanha chegou em crise

As espanholas queriam a saída do técnico Jorge Vilda, e 12 delas boicotaram a Copa. Em setembro de 2022, 15 jogadoras enviaram um e-mail para a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) em que teriam pedido "mudanças estruturais", incluindo a demissão do comandante.

O treinador, apontado como "de terceira divisão" por algumas atletas, permaneceu no cargo e levou a Espanha à primeira final de Mundial feminino de sua história.

Me senti apoiado pelo estafe, foi com ele que seguimos em frente durante momentos duros. Deixou todo mundo mais forte. Há que arquivar o passado e pensar no que temos conseguido. Jorge Vilda, técnico da Espanha

Thiago Arantes, colunista do UOL, afirmou que espanholas estão "passando por cima" da crise pela chance do título. As cobranças, porém, podem seguir após o Mundial feminino.

Inglaterra temeu por Lauren James

Atual campeã europeia e semifinalista nas duas últimas Copas, a Inglaterra era uma das favoritas e ao título. A campanha invicta na fase de grupos reforçou o discurso.

Mas Lauren James quase complicou as inglesas contra Nigéria, pelas oitavas de final. A jovem atacante foi expulsa por um pisão nas costas de Alozie no fim do segundo tempo. As britânicas avançaram nos pênaltis.

Continua após a publicidade

A camisa 7 volta para a final após dois jogos de suspensão e briga para ser a revelação do Mundial. Outra cotada é a atacante espanhola Salma Paralluelo.

A maior Copa feminina?

Foi a primeira edição com 32 seleções, o mesmo número adotado na última Copa do Mundo masculina.

Jogos parelhos e queda de favoritas reforçam discurso e equilíbrio entre as seleções. Os tetracampeões EUA, por exemplo, caíram nas oitavas de final e amargaram a pior campanha da história.

Recorde de público e audiência. A seleção da Austrália levou mais de 75 mil torcedores em três dos seus jogos, enquanto a Nova Zelândia registrou o maior público da história do país em um jogo de futebol feminino.

É a melhor e maior Copa feminina da história. E fizemos graças a todos vocês. Disseram que não funcionaria, e funcionou. [...] Aumentando o número de seleções tivemos oito estreantes, muitos países pelo mundo que viram que dava para participar. Todos acreditam agora que tem uma chance de brilhar no palco mundial. A Jamaica eliminou o Brasil, a África do Sul eliminou a Itália e Argentina. Marrocos e Coreia do Sul eliminaram a Alemanha. Quem imaginaria que isso seria possível. Aconteceu porque as mulheres trabalham duro e acreditam que podem mudar o mundo. Gianni Infantino, presidente da Fifa.

Continua após a publicidade

Espanha x Inglaterra - Final - Copa do Mundo feminina 2023

Local: Estádio Olímpico, em Sydney (Austrália)

Data e horário: 20 de agosto de 2023 (domingo), às 7h (de Brasília)

Transmissão: TV Globo, sportv, CazéTV, ge, Globoplay e FIFA+

Árbitra: Tori Penso (EUA)

Assistentes: Brooke Mayo (EUA) e Kathryn Nesbitt (EUA)

Continua após a publicidade

Quarta árbitra: Yoshimi Yamashita (JAP)

Prováveis escalações:

Espanha - Cata Coll; Oihane Hernández, Paredes, Codina e Batlle; Abelleira, Aitana Bonmatí e Putellas (Caldentey); Redondo, Esther González e Jenni Hermoso. Técnico: Jorge Vilda

Inglaterra - Earps; Jess Carter, Bright e Greenwood; Lucy Bronze, Walsh, Stanway, Lauren James (Toone) e Daly; Hemp e Alessia Russo. Técnica: Sarina Wiegman

Chaveamento da Copa feminina

Deixe seu comentário

Só para assinantes