Luxemburgo explica Wesley fora e rebate questão sobre 'formação ideal'
O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Corinthians, abordou a ausência de Wesley no time titular durante a vitória da equipe sobre o Estudiantes, em jogo válido pela Sul-Americana. Em entrevista coletiva, o treinador ainda discordou de uma questão sobre a "formação ideal" da equipe.
Incômodo com pergunta sobre Wesley. "Com todo respeito às perguntas, mas é opção de você olhar o adversário. Explicar o porquê da ausência do Wesley... a opção é do técnico e a análise fica para vocês se fiz certo ou errado. Eles jogaram fora de casa sem linha de cinco pela segunda vez. Eles tentaram jogar por dentro. Você tem que analisar o que o adversário vai fazer para você poder escalar. Se você perceber, a entrada deles por dentro é muito forte, foi o que mais trabalhamos porque os meias deles entram constantemente e ficam tentando receber a bola nas costas. Eu discuto, mas respeito as perguntas. Só gostaria que fosse democrático, a pergunta procede e a resposta também procede. O Wesley não entrou porque a opção foi outra em função da circunstância que se apresentou para nós."
1 a 0 foi pouco? "Eu tinha que buscar fazer o segundo gol, porque o time deles é muito bem treinado, e não deixar o time vulnerável para eles fazerem o gol. Este jogo é para quantas oportunidades? Uma, duas, três... tivemos a chance de fazer o segundo gol, mas o mesmo cara que nos deu o empate contra o Cruzeiro, hoje não conseguiu, fazer parte do futebol. A estratégia contra o São Paulo que não funcionou no 1° tempo, hoje funcionou, temos uma boa vantagem para levar para lá e vamos jogar."
Renato de centroavante no 2° tempo. "Se fosse uma novidade minha, iam falar 'ué, o Luxa virou Santos Dumont inventando?'. Não. Tenho dois caras de lado: Mosquito e Romero. Quem apoiava bem o jogo do time deles? Os dois laterais. Onde fica vulnerável? Nas costas do lateral. O Renato mastiga bem a bola, ele chega mais pela intermediária e poderia achar alguém nas costas do lateral. Minha ideia era essa. O Yuri já tinha contribuído bastante, achei que com dois caras velozes e o Renato, a bola pudesse sair melhor."
Classificação e jogos
Ritmo para Rojas. "O Rojas é um excelente jogador e, quando fomos contratá-lo, eu conversei.... Ele se sente mais confortável jogando pela direita. Ele falou que consegue jogar por dentro, direita e esquerda, mas ele gosta de pegar mais pela direita porque consegue puxar para dentro — mas também consegue atacar o espaço. O que falta a ele é jogo. Não existe condição física, é atlética, emocional, físico... é jogo para ele poder pegar ritmo. Ele ficou com uma lesão no pé que traz desconforto."
Foi pênalti no 1° tempo? "Foi pênalti e isso faz uma diferença. Não sei se faríamos o gol, mas a possibilidade era grande. Fica complicado porque o time deles tem qualidade, se eles fazem o gol no começo ficaria complicado. Em jogo como esse, uma penalidade como essa, com VAR, tem que marcar. Uma coisa que é importante: 'ah, os argentinos vão em cima do juiz...'. Deixa eles, é característica deles, eles sabem fazer essa manha. Eu não tenho que entrar nesse ambiente, tenho que entrar no jogo. Se entrar no ambiente deles, é complicado."
Irritação com falta de "formação ideal". "Talvez o melhor momento foi há dois meses, quando só tomávamos porrada... Como não encontrei a melhor formação? Tenho um elenco. São 14 jogos e com uma derrota. É um numero considerável. Há dois meses, seria o nosso ideal? Não, encontramos um equilíbrio jogando com três zagueiros, fazendo mudanças... faz parte do contexto. Tenho um elenco à minha disposição e rodado para fazer as mudanças. Eu considero que nós temos possibilidade de mexer com o time para lá e para cá, e os jogadores estão rendendo. São 14 jogos em que a gente vem jogando de diferentes maneiras, mas consistente."
Moscardo. "Preciso jogar às vezes junto com ele, ele é muito novo e está voltando de lesão. Ele acha que, mesmo com 17 anos, vai ocupar todo o espaço do campo. Não consegue. Tem horas que você não precisa complicar, tem que facilitar: tocar mais simples, por exemplo. O Maycon cresceu muito de produção como 1° [volante], e o Moscardo vinha muito bem. O que o técnico tem que fazer? Arranjar um jeito de os dois jogarem, isso cabe a mim. É obrigação minha. Os dois têm a característica de serem 1° volantes, mas tenho que adaptar, nos treinos como o de ontem, de uma maneira para que a gente possa aproveitar. Seria injusto eu tirar um dos dois."
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