Abel explica ajuste tático sem Artur: 'Se perdesse, iam me massacrar'

O técnico Abel Ferreira comentou o ajuste tático que fez no Palmeiras contra o Deportivo Pereira e afirmou que "sabia perfeitamente" que seria massacrado se tivesse perdido a partida. O Alviverde goleou na Colômbia por 4 a 0 e encaminhou a classificação à semifinal da Libertadores.

Consciência sobre críticas: "Se tivesse perdido hoje, falariam que o treinador é burro, que não percebe nada. Fizemos ajuste tático. Há decisões a tomar".

O motivo de Artur no banco: "Fizemos ajuste tático porque precisávamos ser agressivos ofensivamente, ter largura no corredor — que Artur às vezes não dá, ele sai de fora para dentro, e era fundamental contra uma equipe que joga com linha de cinco abrir essa linha — e depois dar consistência defensivamente. Foi isso que aconteceu, parabéns aos jogadores".

Conhecendo o Brasil: "Decisão difícil para mim, mas sobre tudo o que tinha visto do adversário e do que podíamos fazer, foi a melhor decisão. Sabia perfeitamente que, conhecendo o país em que estou, se estivesse perdido aqui iam me massacrar.

Mayke e Marcos Rocha juntos na direita: "Feliz pela equipe e por eles terem feito gols, curiosamente. Não coloquei para fazer gols, coloquei para cumprir outras funções. Que bom que fizeram, é bom para o Palmeiras

Força do adversário: "Sei que nós ganhamos hoje de uma equipe venceu o Boca aqui, que ainda não tinha perdido em casa, que eliminou o campeão da Sul-Americana, da Recopa, e tinha esperança de ganhar do Palmeiras.

Facilidade do Palmeiras: "Antes de ser treinador também achava que era fácil. Fizemos grande alteração tática hoje e jogadores interpretaram na perfeição, mas isso não quer dizer que vamos ganhar sempre. Parece que é fácil, mas nós é que tornamos o jogo fácil".

O que aconteceu

Abel optou por sacar Artur do time titular e escalar Mayke e Marcos Rocha na direita. O primeiro atuou mais à frente, enquanto Rocha desempenhou uma função mais defensiva.

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Ambos marcaram na vitória por 4 a 0 fora de casa. Marcos Rocha fez o segundo, enquanto Mayke anotou o terceiro.

O Palmeiras leva larga vantagem para decidir a vaga na semifinal no Allianz. O jogo de volta será disputado na quarta-feira da semana que vem (30), às 21h30 (de Brasília).

O que mais Abel disse na coletiva

Preparação para as quartas: "Estamos a preparar esse jogo há duas semanas. Fizemos no ultimo jogo algumas situações que queríamos ver nesse jogo, não ia ter muito tempo para treinar".

Equipe intensa: "Palmeiras encarou e respeitou muito esse adversário, sendo intenso, jogando como se fosse a final. É assim que a equipe cresce. Temos uma equipe de caráter, que sabe o que tem que fazer, que me enche de orgulho quando vejo jogarem com calma, serem competitivos".

Competitividade do elenco: "Felizmente, fizemos o que também sabemos fazer: jogar futebol e ser competitivo, seja onde e contra quem for. (...) Equipe mentalmente muito forte, tecnicamente muito evoluída, com um grupo experiente muito bom e outro a amadurecer. Taticamente sabem o que o treinador pede".

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Confiança no conjunto: "Acima de tudo, acreditamos no elenco que temos. Mesmo quando perdemos para o São Paulo e todo mundo nos criticou, soubemos encaixar isso, nos ajudou a crescer. Sabemos onde estamos, como funciona. Importante manter o foco".

Força máxima: "Sempre digo que só sei jogar na força máxima. É assim que sou, não consigo ser meia-boca. Às vezes as pessoas confundem ser intenso com arrogância, ser chato com exigência, mas isso é minha forma de ser. Fico contente que nossos jogadores entendem que nossa única opção é ser melhor como equipe. É assim que fazemos e que vamos continuar a fazer".

Estágio do Palmeiras na temporada: "Temos uma base muito forte da equipe principal. Tive que tomar decisões difíceis no inicio do ano. Saíram nove jogadores experientes, e disse que não ia contratar ninguém, ia dar oportunidade ao Naves, sabendo que também tinha Luan. Precisamos fazer crescer esses jovens... Fabinho entrou com outra maturidade, Jhon Jhon tem algumas oscilações normais".

Reforços caseiros: "Não temos como pagar 15 ou 20 milhões de euros [em reforços]. Podemos vender por esse valor. Importante chegar nesse equilíbrio de acreditar na base da equipe que temos, muito forte, e que o clube fez tudo para segurar".

Segurar jogadores: "Espero que segurem [os jogadores]. Que Veiga que não vá para lado nenhum, Rony, Zé, Gómez... Se forem para outro lado, também tenho que ir, porque não faço milagres. Preciso deles, como precisam de mim".

Espaço para jovens: "Mas não tem espaço para todos. Tem gente falando de 'Kevin'. Isso aqui não é casa das oportunidades, não é o Big Brother. É preciso trabalhar, merecer, que é o caso dele, e depois vem no momento certo. Temos muito jogadores que começam a sair da base e começam a bater [no profissional]. Temos que tomar decisões difíceis. Fico contente que o clube mesmo quando perde sabe o que quer".

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Richard Ríos: "É um jogador muito bom, felizmente que o clube o contratou, podemos tê-lo dentro do nosso grupo. Se o treinador da Colômbia quiser... Ele faz mais que uma posição, fico feliz pelo jogador e pelo homem que ele é."

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