Garçom acusa torcedor do Fluminense de racismo e registra BO: 'Macaco'
O garçom Alan Rubem, 21, do bar On Tap Pub, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, acusa um torcedor do Fluminense de proferir ofensas racistas em um bar após a vitória do Tricolor das Laranjeiras na Copa Libertadores sobre o Olímpia, na noite de ontem (24).
O que aconteceu
A confusão aconteceu após uma brincadeira de um dos torcedores do Flu no bar com um colega de trabalho de Alan.
"Meu amigo entrou na brincadeira e falou: 'Pô, até o Gabigol com a perna direita faria esse gol'. O cliente que estava brincando não gostou, ficou bolado, e pegou uma garrafa de água cheia e arremessou no meu colega, mas ele desviou. Eu estava perto e cheguei para intervir: 'Olha, quer brinca? Beleza. Agora, agredir não. Tacar garrafa não, aí não pode, cara'", explicou em entrevista para o UOL.
Nessa hora, um dos caras que estava na mesa, que é o Maurício, começou a falar: 'Cala a boca, macaco filha da pu**'. A todo momento ele falava 'macaco', 'monkey' [macaco em inglês] Alan Rubem
Alan comentou que ficou sem reação e que conseguia ter nenhuma reação por não acreditar no que estava ouvindo. Ele chegou até a pensar que apenas ele estava ouvindo as ofensas, já que ninguém tinha se manifestado.
"Uma menina que estava do lado da mesa pegou o celular e começou a gravar falando que também tinha ouvido, que ele tinha sido racista, falado macaco", disse.
A todo momento, ele [Maurício] batia no peito falando 'pode deixar que eu me garanto', 'eu tenho dinheiro' e que não tinha prova, não tinha vídeo Alan Rubem
Alan falou que tinha uma viatura próxima ao bar e que foi relatar a situação para os policiais. Após isso, ele foi encaminhado para a delegacia e registrou o boletim de ocorrência. A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou a ocorrência ao UOL: "O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca). Os agentes realizam diligências para identificar o autor e esclarecer todos os fatos."
Ele também comentou que o estabelecimento lhe deu todo o apoiou na hora em que a situação aconteceu.
A reportagem não identificou o torcedor do Fluminense acusado para pedir seu posicionamento sobre o ocorrido.
Hoje por volta das 00:18 eu e meu parceiro de trabalho sofremos racismo onde o indivíduo fez inúmeras vez o crime chamando a gente de "Macaco" "monkey" "preto" filho da puta, ele estava com os amigos dele e msm assim ninguém repúdio o crime que ele estava cometendo, foi quando ++ pic.twitter.com/YvphxTgTau
-- Neguety (@Rubeensalan) August 25, 2023
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