Palmeiras: Abel rasga elogios a Gustavo Gómez e fala sobre rumores de saída

O técnico Abel Ferreira falou a respeito da situação de Gustavo Gómez no Palmeiras e sua possível saída do clube diante do interesse saudita.

São números absurdos, seja para o clube ou para o jogador. Temos uma líder [Leila Pereira] que tem que tomar decisões. O que posso dizer do Gómez é que nunca tive em 11 anos de carreira um jogador como ele, um homem de caráter como ele. Fico feliz pelo resto do nosso grupo reconhecer essa liderança porque outro jogador, em outro contexto, teria outro comportamento e a minha admiração e estima por ele já era grande. Abel Ferreira, em entrevista coletiva

O que mais ele disse?

Mais sobre Gómez: "Não sei quem o escolheu como capitão porque quando cheguei ele já era capitão, mas posso dizer aos nossos torcedores que escolheram o melhor capitão que o Palmeiras poderia ter. O que vai acontecer no futuro eu não sei. Eu tenho uma admiração e uma estima muito grande por esse jogador, que jogou hoje como se fosse a primeira vez dele no Palmeiras. Ele acaba por ser uma inspiração para todos nós, para mim, para os mais jovens, para os outros colegas. Se um dia quiserem perceber o que é trabalhar sério, o tempo que ele dedica a ser profissional de futebol, eu nunca vi. Nunca vi, nem como jogador e nem como treinador, um profissional com o que ele faz, o que ele se dedica, renuncia. Todo mundo fala do Cristiano Ronaldo, eu não o conheço, mas o Gómez eu conheço e sei o absurdo que ele faz e merece todo esse dinheiro e, se calhar, mais. Realmente, é um jogador fora de série e um homem de um caráter absurdo".

Sistema defensivo bem: "Em termos defensivos, as tarefas são simples dos jogadores entenderem. Gols como esse [anulado] é o sétimo ou oitavo que sofremos neste ano, de bola que sobrou. A sorte existe e ele estava impedido. Ainda bem que estava, porque assim o jogo se tornou menos difícil. Foi um jogo difícil, tivemos só um treino depois de uma viagem longa, difícil. Defensivamente, é sempre bom. É o quinto jogo sem sofreu gols, isso dá confiança. A gente sabe que se não sofrermos gols sempre estamos mais próximos de ganhar. Os números são esclarecedores e estamos em um bom momento no aspecto defensivo".

Viagem de volta da Colômbia: "Foi uma viagem difícil, longa. Nos obrigou um foco e uma concentração muito grande, um gramado pesado lá, o que obriga os jogadores a terem um desgaste físico muito maior. Depois, teve aquele problema com o avião. Felizmente, estávamos todos juntos. Acho que o Piquerez ficou bem feliz porque cantamos parabéns para ele umas 33 vezes durante o dia que estivemos lá. Felizmente, ganhamos e isso acabou por ser positivo porque se o resultado não tivesse sido positivo a recuperação mental ia ser pior. A recuperação mental foi ótima, física nem tanto. Por isso que hoje achei que o jogo ia ser difícil. Nosso adversário teve o tempo todo para se preparar, tivemos a viagem nas costas. Os jogadores pediram para passarem a noite de ontem em casa e eu disse que não, passamos a noite no CT, mas eu disse que também ia".

Coletivo sobre o individual: "Por norma, eu não gosto de valorizar o lado individual. Precisamente, o contrário. Uma das frases finais da preleção foi exatamente o oposto. Foi de jogar de forma coletiva, da nossa maneira, impor o nosso ritmo. Os jogadores que estão no Palmeiras são diferenciados porque têm a capacidade de conseguirem resolver o jogo individualmente. As melhores equipes do mundo estão lá porque têm algo diferente dos outros, têm a capacidade de, quando coletivamente não consegue resolver os problemas, a capacidade individual resolve. É isso que espero deles, nada mais do que isso".

Raphael Veiga: "O treinador aí é zero, a capacidade do jogador, de treino, de foco. A técnico individual específica tem muito a ver com a precisão que normalmente se tem com a mão e ele tem no pé. Ainda bem para nós podermos contar com um jogador deste talento depois de um período onde a forma física dele não era melhor. Isso acontece por várias circunstâncias".

Richard Ríos e Menino como dupla: "Tive algumas dúvidas. Pensei em ter o Fabinho e depois decidir entre o Menino e o Ríos, mas a verdade é que temos um jogo daqui a três dias e o Menino não vai poder estar, então ele teria que iniciar esse jogo. Depois, me lembrei que o jogo contra o Bolívar aqui tivemos a dupla com Menino e Ríos. Gostei do que vi, pedi as mesmas funções, procuraram fazer o que lhes pedi".

Breno Lopes na vaga de Dudu: "É a ordem natural das coisas. Treino com eles todos os dias, os conheço, sei como se dedicam, eles sabem que nosso torcedores são exigentes, que querem a perfeição. Quero lembrar nossos torcedores mais chatos que uma das coisas que mais gosto da história do Palmeiras é que é um clube que é incluso, não é um clube exclusivamente italiano. Se fundou com italianos, brasileiros, uma escrava foi uma figura muito representativa do Palmeiras. O Palmeiras é um clube incluso, que dá oportunidade a todo mundo. Portanto, a aqueles torcedores que são mais impacientes, que vão às profundezas do clube, que se inspirem e que ajudem todos os jogadores que estão aqui. Todos merecem o mesmo carinho, eu sei o quanto eles treinos, e se estão aqui é porque merecem estar aqui. Por questões de hierarquia, de trabalho, porque o Breno está aqui há três anos, ele jogou".

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