Policial penal acusado de matar torcedor do Fluminense vai a júri popular
O policial penal Marcelo de Lima, acusado de matar Thiago Leonel em um bar nos arredores do Maracanã, vai a júri popular. Além da morte do torcedor do Fluminense, ele também será julgado por ter atirado contra Bruno Tonini.
O que aconteceu
A sentença é assinada por Gustavo Gomes Kalil, juiz em exercício da 4ª Vara Criminal.
O crime aconteceu em abril, após o primeiro jogo da final do Carioca, entre Flamengo e Fluminense.
O caso foi enquadrado como "homicídio qualificado por motivo torpe, meio que possa resultar perigo comum e mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido".
O episódio envolvendo Bruno Tonini teve atribuição similar, mas, neste caso, como tentativa.
"Pronuncio Marcelo de Lima, qualificado nos autos, como incurso nas penas dos crimes tipificados no art. 121, § 2º, incisos I, III e IV, do Código Penal (vítima Thiago Leonel Fernandes da Motta), bem como no art. 121, § 2º, incisos I, III e IV, n/f do art. 14, inciso II, ambos do Código Penal (vítima Bruno Tonini Moura), tudo na forma do art. 69 do Código Penal, a fim de ser julgado pelo Tribunal do Júri", diz trecho.
A prisão preventiva de Marcelo de Lima também foi mantida.
O caso
Thiago Leonel Fernandes da Motta foi morto e Bruno Tonini Moura ficou gravemente ferido após serem alvo de cerca de 10 tiros.
Eles estavam no bar após a partida entre Flamengo e Fluminense, primeiro jogo da final do Carioca.
Inicialmente, testemunhas disseram que a briga teria sido motivada por conta de uma pizza. O que não se confirmou.
O MPRJ indicou que a discussão entre eles teria acontecido por motivos políticos.
Thiago era torcedor do Fluminense, assim como Bruno. O clube se manifestou nas redes sociais e pediu rigor nas apurações do caso.
O policial penal Marcelo de Lima teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Audiências de Custódia.
Na ocasião, a hipótese de legítima defesa foi descartada pelo juiz.
Marcelo de Lima foi transferido para o presídio Frederico Marques para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói. O local é destinado a policiais civis e penais da ativa
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