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Técnico do Corinthians é o preferido para reconstrução da seleção feminina

Luiza Sá e Gabriela Brino

Do UOL, no Rio de Janeiro e em Santos

31/08/2023 04h00

O processo de reformulação no departamento feminino da seleção brasileira teve mais um novo capítulo com a saída de Pia Sundhage, demitida ontem (30). A CBF trabalha com uma lista curta de possíveis substitutos para o cargo, mas o principal nome é um velho desejo: Arthur Elias, atualmente no Corinthians.

O treinador de maior sucesso no futebol brasileiro no momento já era o preferido desde o ano passado, quando Pia ficou na berlinda, mas acabou sendo mantida. O nome dele vem sendo falado nos bastidores desde a eliminação precoce do Brasil na Copa.

Um empecilho nessa negociação seria o fato de o treinador discordar de alguns processos dentro da entidade, o que faz com que algumas pessoas pensem que ele poderia não aceitar o cargo. Mesmo assim, a entidade está confiante e não trabalha apenas com o nome dele.

Rapidez

A CBF demonstra ter pressa para resolver a situação interna, mesmo que trate a composição da nova comissão técnica com bastante rigor. Era esperada uma mudança, mas não na extensão que foi feita, já que a entidade vinha passando pela consolidação de vários processos, como nas categorias de base.

Mesmo assim, a entidade demorou quase um mês desde a eliminação para iniciar as mudanças. O combinado com Pia era aguardar a chegada dela ao Brasil no final do mês, como ocorreu, mas outras saídas pegaram muita gente de surpresa. A lista das demissões tem:

  • Pia Sundhage, técnica
  • Lilie Persson, auxiliar
  • Anders Johansson, auxiliar
  • Ana Lorena Marche, coordenadora de seleções femininas
  • Mayara Bordin, supervisora
  • Bia Vaz, auxiliar da seleção sub-20
  • Jonas Urias, técnico da seleção feminina sub-20
  • Thiago Mehl, preparador de goleiras
  • Laura Zago, assessora de imprensa

Sem amistoso marcado

A seleção brasileira tem uma Data Fifa no final de setembro, mas por enquanto não tem nada definido para o calendário da equipe. Nem adversários acertados, muito menos a estrutura da seleção.

Desde a queda, várias pessoas da delegação que estava na Austrália já esperavam que o departamento se desfizesse. A ausência dos dirigentes que tocam essas decisões na Oceania, porém, fez com que o clima fosse de incertezas.

Trabalho com problemas

Pia Sundhage não se alongou após a eliminação ao dizer que tinha contrato até as Olimpíadas de 2024, mas já sabia que o cenário não era favorável.

Em Brisbane, pouco antes da partida contra a França, Ednaldo Rodrigues comentou que achava importante ter sequência ao trabalho e garantiu que não pretendia fazer qualquer interrupção.

"A CBF está muito satisfeita com o trabalho da comissão técnica da Pia e não tem nem como ter a opção, já tendo as Olimpíadas ali, não faria uma modificação", disse ao ge.

A queda da seleção teve muitas críticas e tentativas de explicação. Algumas atletas admitiram que o time sentiu a falta de substituições da treinadora, outras que o ambiente acabou não sendo tão favorável e com muitas distrações. O lado emocional foi uma unanimidade e as líderes do elenco precisaram entrar em ação após o jogo com a França.

Uma parcela, porém, afirmou que foi o grupo que mais trabalhou e treinou diferentes alternativas nos últimos anos, mas que em campo o time não funcionou.

A despedida da Austrália da treinadora antes de todo mundo logo no dia seguinte à eliminação também gerou uma certa dúvida sobre o clima interno. No dia que foi embora, a sueca fez uma última reunião em que só ela falou.

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