Bruno Lage põe cargo à disposição após derrota do Botafogo para o Flamengo

O técnico Bruno Lage, do Botafogo, colocou o cargo à disposição após a derrota por 2 a 1 para o Botafogo ontem (2), no Nilton Santos, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O que aconteceu

Bruno Lage respondeu uma única pergunta na entrevista. Ao ser perguntado sobre a escalação, ele começou explicando as suas decisões e depois caminhou para um desabafo.

Lage disse que a pressão está muito grande sobre ele, sem citar Luís Castro, e justificou que a saída pode ser melhor para o elenco.

O português, então, colocou o cargo à disposição e disse que abriria mão da possível premiação de campeão brasileiro. O Botafogo é líder e, neste momento, com 11 pontos a mais que o Palmeiras, o segundo colocado.

O Botafogo diz que Lage segue como técnico do clube, apesar da declaração do treinador.

Sobre essa coisa de só olharem para o meu percurso no Botafogo, acho que é uma pressão muito grande sobre os jogadores. E isso eu não admito. Só há uma forma de libertá-los dessa pressão. E por isso estou aqui perante vocês. Não falei com ninguém, pensei muito e nesse momento coloco o meu lugar à disposição do diretor, à disposição do presidente Bruno Lage

O que mais Lage falou

"Eu tenho contrato com o Botafogo até dezembro, é muito dinheiro de salários, tenho prêmios que já estão praticamente garantidos por ir à Libertadores. Tem o prêmio de campeão, mas não tenho nenhum problema de abdicar disso, porque não sou guloso pelo dinheiro. O que não posso permitir é que a pressão que está sendo exercida sobre mim seja exercida sobe meus jogadores. É isso que eu tenho para dizer. Meu lugar está à disposição de quem manda, sem qualquer outra coisa para dizer. Boa noite, obrigado", declarou.

Bruno Lage também falou sobre calendário e reclamou de arbitragem.

Continua após a publicidade

"Antes de responder a sua pergunta, vou falar algo que disse durante a semana. O que disse não foi que o Botafogo não tenha feito jogos às quartas e aos sábados. Sou um treinador que já fez muitos jogos de Liga dos Campeões, Taça Uefa, na Inglaterra praticamente não temos três dias para nos recuperar. Eu disse e reafirmo com toda a minha convicção foi que, se o nosso adversário jogasse na quarta-feira, este jogo não seria realizado hoje. Seria realizado amanhã. Não tem nada a ver com o fato de ter apenas três dias. Esse é o ponto número um. O segundo ponto é que tenho visto tantas decisões pelo VAR. E hoje estranhamente os lances de gol do nosso adversário acho que mereciam pelo menos uma chamada de atenção para serem analisados. No segundo gol, uma falta clara, o Tchê Tchê é empurrado nas costas".

"Quando eu vim para cá, uma experiência que tenho na vida é olhar para um todo e perceber como eu posso melhorar, falando com os jogadores, que têm sido brilhantes. Conversamos como pode ser feita a evolução da equipe. E uma das coisas é sermos uma equipe que controlasse melhor o jogo com a bola e ser uma equipe que pressiona mais. E é esse caminho que estamos tomando. Desde o jogo contra o Santos, quando tive a oportunidade de ter todos jogadores disponíveis juntos? As mudanças de hoje foram por decisões. Não foi por isso que não ganhamos. Acho que fomos muito melhores que o nosso adversário. Levamos um gol no início, buscamos o empate. Tivemos várias outras oportunidades. Mas depois tomamos um gol, que acho que foi falta no Tchê Tchê".

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.