Gabigol só ficou no banco três vezes em 4 anos de Fla. Hoje, ele é reserva?

Depois de uma semana como o centro das atenções, Gabigol foi barrado por Jorge Sampaoli no clássico conra o Botafogo. Ele passou os 90 minutos no banco de reservas apenas pela terceira vez desde que chegou ao Flamengo, em 2019. Essa foi, no entanto, a primeira vez que aconteceu com a primeira com a equipe titular em campo.

A barração chega em um momento conturbado para o camisa 10, que quase chegou às vias de fato com Marcos Braz, vice de futebol, e teve de lidar com um protesto de um grupo de torcedores que se revoltou com sua festa de aniversário dias depois de o Fla ser eliminado da Libertadores e colecionar jogos ruins no Brasileiro.

Em meio a tratativas pela renovação do seu contrato, o ídolo rubro-negro vive um momento de pouco brilho em campo. Com 20 gols, quatro assistências e zero título no ano, o atacante sabe que precisa dar a volta por cima para retomar o protagonismo.

'Vai ter que lutar'

Durante a rápida entrevista coletiva após o jogo, Sampaoli precisou explicar a decisão de deixar Gabi no banco.

O argentino afirmou que o jogador precisará lutar por uma vaga no time, mas enalteceu a disputa interna.

"Ele está bem, agora tem que lutar por um lugar. Ele é ídolo, sempre é determinante nas finais. Essa preparação é boa pela concorrência interna. Que a concorrência nos diga quem escolher contra o Athletico (pelo Brasileiro) e depois contra o São Paulo (pela final da Copa do Brasil)", disse Sampaoli.

Opção técnica

Bruno Henrique abraça Gabigol em comemoração de gol do Flamengo contra o Botafogo
Bruno Henrique abraça Gabigol em comemoração de gol do Flamengo contra o Botafogo Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF
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Gabigol foi reserva poucas vezes no Fla, mas ficou o jogo todo no banco apenas diante do São Paulo, em maio de 2019, e contra o Madureira, em fevereiro de 2022. Nas duas ocasiões, os treinadores optaram por mandar um time de reservas a campo.

No clássico diante do Botafogo, porém, Sampaoli barrou o camisa 10 para usar Pedro. A decisão, segundo apurou a reportagem, foi técnica e não tem ligação com a festa de aniversário ou outras questões extracampo.

Esta, aliás, não foi a primeira vez que isso aconteceu com Sampaoli. O treinador já tinha deixado o atacante fora do time no jogo contra o Aucas, pela Libertadores, no Maracanã, quando ele entrou apenas no segundo tempo.

PVC: 'Gabigol se adapta melhor ao jogo do Fla'

Colunista do UOL, Paulo Vinícius Coelho avalia que Gabigol se encaixa melhor no estilo de jogo do Flamengo do que Pedro:

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"Eu acho que o Gabigol se adapta melhor ao jogo do Flamengo do que o Pedro, mas ele não está dando o ganho técnico que ele pode, e isso dá margem para que ele vá para o banco".

PVC também acredita que a barração do camisa 10 ficou mal explicada por Sampaoli:

"Eu acho que o Sampaoli tem que ter o direito de tirar de acordo com o momento. A impressão que fica é de que o Gabigol pode não ter tido o nível de dedicação suficiente na semana passada por todo o episódio da festa. Então, do ponto de vista da comunicação, o Sampaoli permitiu que isso fosse pensado ao não esclarecer a razão exata".

Números

Sem Gabigol no time, o Flamengo soma oito vitórias (Botafogo, Athletico, Racing, Vasco, Goiás, Botafogo, Resende, Audax), 2 empates (Palmeiras, Bangu) e 2 derrotas (Cuiabá, Bragantino). Com o jogador, são 46 jogos, 25 vitórias, nove empates e 12 derrotas.

Holofotes

Mesmo entre os reservas, Gabigol foi o alvo preferido da torcida alvinegra no duelo. Após o aquecimento, deu tchauzinho, beijou a camisa do Flamengo e foi para o vestiário debaixo de uma chuva de insultos.

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Na comemoração do gol da vitória, além do gesto de "chororô", Bruno Henrique também foi em direção ao atacante e o abraçou.

"Eu falei para ele (Gabigol) que ia fazer o gol em homenagem a ele", disse.

O camisa 27, inclusive, está suspenso no jogo contra o Athletico-PR, na volta da Data Fifa, o que pode abrir uma nova vaga para Gabigol reeditar dupla com Pedro.

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