Fla não defende preparador em julgamento por soco em Pedro: 'Não há clima'

O Flamengo não designou advogado para fazer a defesa do preparador Pablo Fernández em julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJD). O processo é por causa do soco que o argentino, já demitido, deu no atacante Pedro, depois do jogo contra o Atlético-MG, no Brasileirão.

O que aconteceu

O processo de Pablo Fernández entrou na pauta de hoje (5), da 2ª Comissão Disciplinar.

Mas o Flamengo não quis defender o preparador e indicou que o próprio STJD fizesse a notificação ao argentino sobre a tramitação do caso.

O Fla estava envolvido no caso por outra infração disciplinar, envolvendo o gerente de futebol, Fabinho, e tinha advogado na sessão, Michel Assef Filho. Fabinho foi punido com uma advertência.

Como houve um problema na notificação via e-mail, não houve julgamento do argentino. O caso voltará a uma pauta futura do tribunal.

É uma situação diferente. Não há um clima. O Flamengo peticionou informando o e-mail do Pablo para que a Justiça Desportiva fizesse a comunicação. Trouxemos como exemplo o que aconteceu com o Vitor Pereira, que foi expulso pelo Corinthians e ele foi julgado quando estava no Flamengo. O processo foi desmembrado.

— Michel Assef Filho, advogado do Flamengo

Isso é comum?

Os clubes geralmente defendem profissionais no STJD, mesmo após a demissão, quando a relação entre as partes é boa. O próprio Michel Assef Filho defendeu hoje (5) o técnico Pepa, já demitido do Cruzeiro, em um processo que estava na pauta. Mas se há conflito no rompimento da relação, o clube geralmente não envia defesa.

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A denúncia contra Pablo

O agora ex-preparador físico do Flamengo foi enquadrado no STJD no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (praticar agressão física). A pena prevista é de quatro a 12 partidas de suspensão.

No âmbito criminal, Pedro e Pablo fizeram um acordo. A ação foi arquivada. O argentino pediu desculpas pelo soco dado no vestiário.

Como foi o soco

A agressão a Pedro aconteceu após o atacante se recusar a fazer aquecimento durante o jogo contra o Atlético-MG. O conflito físico aconteceu já no vestiário, após a vitória do Fla por 2 a 1. Pedro fez exame de corpo de delito para comprovar que ficou com a boca machucada. O Flamengo demitiu o argentino dias depois.

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