Seleção: qual o valor das Eliminatórias com mais vagas na Copa?
A seleção brasileira começa nesta semana, diante da Bolívia, o caminho nas Eliminatórias da Copa 2026. Será a primeira edição do Mundial com 48 seleções e, consequentemente, com seis vagas e meia (seis diretas e uma na repescagem) a serem disputadas pelas 10 seleções da América do Sul.
Mas se o Brasil, em quase 100 anos de Copa do Mundo, é o único país a participar de todas as 22 edições, qual o peso do processo de classificação atual?
O que a seleção precisa fazer?
Apesar do aumento de vagas, o formato das Eliminatórias não mudou para os países da Conmebol. Ou seja, se o Brasil repetir a média histórica, terá classificação ainda mais tranquila. Serão 18 rodadas (turno e returno). Para a seleção brasileira de Diniz, a primeira é contra a Bolívia.
Atenção ao ranking
Fazer uma boa campanha nas Eliminatórias é fundamental para a seleção se manter nas posições de cima do ranking da Fifa. É ele quem baliza os cabeças de chave da Copa - em 2026, serão 12, mas três vagas devem ser dadas aos anfitriões Estados Unidos, México e Canadá. Assim, sobram nove lugares para os melhores colocados do ranking. O Brasil atualmente é o terceiro, atrás de Argentina e França.
Classificação e jogos
Diniz só por um terço
O contrato de Fernando Diniz com a CBF tem duração de um ano. Isso abrange seis das 18 rodadas das Eliminatórias. Ou seja, um terço da competição (quase o primeiro turno todo). Há adversários de peso ainda em 2023, como Uruguai, Colômbia e Argentina.
Seis é o número de jogos que Dunga comandou o Brasil no ciclo entre 2015 e 2016. A seleção estava em sexto quando o técnico foi demitido. Se o mau desempenho não foi problema para a gestão Tite, que veio em seguida, a mesma proporção de tropeços têm menos peso ainda para efeitos de vaga na Copa 2026.
Se o projeto da CBF de ter Carlo Ancelotti como técnico da seleção a partir do meio de 2024 se concretizar, será do italiano a missão de comandar a equipe nas 12 rodadas restantes das Eliminatórias.
O fato de a CBF ter escolhido uma solução temporária para os seis primeiros jogos das Eliminatórias mostra que o foco principal não é a rota de classificação para a Copa, mas o Mundial, em si.
O que dá para fazer em seis rodadas
Para Fernando Diniz, as Eliminatórias iniciam uma chance de ouro no comando da seleção brasileira, embora a relação contratual preveja um prazo para o fim do trabalho.
Nos jogos que virão, a proposta amarrada junto à CBF é retomar a confiança do time, abalada após a eliminação nas quartas da Copa do Qatar e os jogos instáveis sob a tutela do interino Ramon Menezes - duas derrotas e uma vitória diante de seleções africanas.
A CBF também dá respaldo a Diniz para testar jogadores jovens, implantar um estilo de jogo ofensivo e vistoso e também aproximar a torcida da seleção.
Qual o papel de Neymar
As Eliminatórias serão o palco para mostrar qual o peso de Neymar no novo ciclo do Brasil. O meia-atacante deixou o futebol europeu e se mandou para a Arábia Saudita e ainda não estreou pelo Al Hilal.
Ao mesmo tempo, Vini Jr cresceu de protagonismo no Real Madrid e, pela idade, tem projeção de chegar à Copa 2026 como líder dessa geração - embora perca as duas primeiras rodadas das Eliminatórias por lesão.
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