Diniz distribui sorrisos, fala 'japonês' e escancara alegria na seleção
O técnico Fernando Diniz mal conseguiu esconder o sorriso. Não que ele tenha tentado. Sentado na bancada de entrevistas coletivas do posto máximo do futebol do país, Diniz estava muito feliz.
Após seus primeiros três treinos, o treinador foi extremamente elogiado por todos os jogadores que sentaram naquela mesma cadeira nos dias anteriores, de Danilo a Neymar. As palavras criaram uma expectativa externa pelo tal Dinizismo na seleção.
"Fico muito feliz, honrado, é o que eu faço com naturalidade a carreira toda. Foi o que me trouxe aqui. Essa naturalidade me fez treinador. Sofri muito quando jogava para aprender a ser técnico. Sou um técnico feliz, é o que gosto, é terapêutico e ainda ganho para isso. Sou muito agraciado. Sempre tive foco no jogador, em desenvolver o jogador, a parte tática. Que tenham prazer em jogar futebol. E o prazer se contrapõe ao mundo cruel do futebol, sem permissão ao erro e muita pressão. Minha maneira de ver o futebol desenvolveu algo que os jogadores gostam. Fico feliz que o trabalho que desenvolvi tem essa devolutiva".
Não foram poucas as perguntas que Diniz ouviu com um sorriso de puro entusiasmo no rosto. Também não foram poucas as interações para muito além do protocolo com os repórteres, de elogios a brincadeiras.
"Meu capitão? Você vai esperar, só faz pergunta difícil. Danado. Você é inteligente e vai esperar amanhã [risos]", disse em dado momento da entrevista e logo depois complementou sobre se o time esboçado no treino seria o titular "É, tem chance [risos]".
Radiante de felicidade, Diniz seguiu com seu sorriso no rosto e tão à vontade, mas tão à vontade, que distribuiu beijos para a família e até brincou ao imitar o tom de voz da japonesa Kiyomi Nakamura, que cobre a seleção brasileira há 24 anos, ao responder sua pergunta.
"(A família está) tão feliz quanto eu. Menos tempo ainda, já nos vemos pouco, mas é o custo mais alto da profissão. Não é crítica de jornalista, não, é ficar longe da família. Quando não trabalho, fico com a família. Quando estou no Rio, não tenho essa oportunidade. Mas é uma causa nobre e mando um beijo a eles"
O chefe sabe se cuidar e os jogadores também cuidam de mim. Existe troca muito grande. Elogio ao jogador é forma de cuidar. Um cuidado melhor que esse praticamente não existe. Estou muito à vontade no futebol e aqui também no ambiente de seleção. A primeira coisa que faço é estabelecer boas conexões com jogadores, e isso aconteceu de maneira positiva
Ao fim da coletiva, Fernando Diniz posou para fotos, atendeu a pedidos para gravar vídeos e enviar áudios. O técnico que falou mais de uma vez sobre a importância de deixar os jogadores à vontade não poderia dar o exemplo de forma melhor.
"Acho que vou conseguir dormir bem e espero que o time jogue bem e você fique feliz como todos os brasileiros". Como todos os brasileiros e, principalmente, como o técnico da seleção nacional.
Deixe seu comentário