Antony chorou ao falar sobre o corte na seleção brasileira. Ele foi comunicado pela CBF horas antes da apresentação em Belém, no Pará, em meio às acusações de agressão feitas pela ex-namorada do jogador, a DJ Gabriela Cavallin.
"Foi difícil ser cortado. Fiquei bastante sentido. Numa coisa que tenho certeza que não é verdade dar essa proporção toda. Estava com a minha mãe quando soube. Não é fácil. A gente trabalha e luta para realizar sonhos. Quando vestimos a camisa da seleção encaro como um sonho", declarou ao SBT.
O que Antony disse
Antony afirmou que a carreira não acabou com a denúncia e exaltou sua própria história. Foi neste momento que ele começou a se emocionar.
"Minha mãe sempre fala que é árvore que tem frutos que as pessoas querem atingir. Sou uma pessoa que vim do nada. Passei muitas dificuldades. Estou vivendo um dos momentos mais difíceis da minha vida, ser acusado de algo que não fiz", afirmou.
As lágrimas vieram em seguida. "No começo era referência para muitas pessoas e por conta de mentiras acaba sendo apedrejado pelo público. Olho para minha mãe, minha família e vejo que não é aquilo. Eles sabem que eu sou. Olho para quem me conhece desde pequeno, estão sofrendo comigo. Não é fácil ser crucificado calado", completou.
O jogador do Manchester United afirmou que gostaria de ter se pronunciado antes, mas que aproveitou o momento para se conectar com Deus. O clube inglês diz que acompanha o caso de perto.
"É uma coisa que não passa na minha cabeça perder o contrato com o Manchester. A verdade vai aparecer. Sei que tem muitas pessoas me massacrando. O United está por dentro do inquérito todo. Vão seguir acompanhando", comentou.
"Sei da verdade, então nenhum dos dois vai acontecer [ser preso e perder a carreira]. Fugir jamais vou [voltar para a Inglaterra] porque tenho meu trabalho, minhas responsabilidades, família. Minha ex-mulher sabe da verdade. Manda mensagem, tenho muito boa relação com ela", finalizou.
Denúncias contra Antony
O atacante Antony, 23 anos, do Manchester United está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo por violência doméstica contra Gabriela Cavallin, também de 23.
O UOL teve acesso a fotos, vídeos, conversas e depoimentos de testemunhas que acompanham o inquérito.
Os registros revelam ameaças, intimidações e agressões físicas feitas pelo jogador.
Na última sexta-feira, ela apresentou uma segunda denúncia contra Antony, desta vez à polícia de Manchester, na Inglaterra.
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Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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