Técnico da Bolívia se diz fã dos times de Diniz e pede seleção inteligente

O argentino Gustavo Costas, técnico da Bolívia, se derreteu em elogios por Fernando Diniz antes da partida entre os dois países hoje (8), no Mangueirão, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026.

"Estudei muito os jogos dos times dele e a verdade é que gosto muito desse tipo de futebol", falou Costas, quando questionado pelo UOL sobre o novo treinador da seleção brasileira. "Os times dele não rifam a bola, gostam de sair jogando desde a própria área, os jogadores se movimentam muito, mudam de lugar. Gostei muitíssimo do que vi".

Costas assumiu a Bolívia há um ano e comandou a seleção em seis amistosos, com apenas uma vitória. Ele lamentou o fato de a tabela reservar para a Bolívia jogos contra Brasil e Argentina logo nas duas primeiras rodadas. "São as duas seleções mais poderosas do mundo", comentou. A estratégia para parar a seleção de Diniz em Belém será "jogar de forma inteligente".

"Não podemos deixar o Brasil jogar à vontade, temos de tentar cortar as linhas de passe. Não adianta ficar só atrás. Sabemos que o Brasil terá a posse de bola, precisamos ficar bem juntos no campo e aproveitar quando tivermos a bola".

O futebol boliviano vive a maior crise de sua história, com o cancelamento do campeonato local por suspeitas de manipulação de resultados em função de apostas esportivas.

Costas contou que pediu para os jogadores ficarem "longe disso". Que pensem apenas no jogo contra o Brasil e na chance de "fazer a história da Bolívia mudar". Com o inchaço da Copa de 2026, serão seis seleções da América do Sul diretamente classificadas, com a sétima colocada indo para a repescagem.

A Bolívia disputou três Copas: em 1930, 1950 e 1994 - nesta última ocasião, impôs a primeira derrota do Brasil em jogos de eliminatórias, vencendo por 2 a 0 um duelo em La Paz. Desde a disputa de vagas para a Copa de 98, quando as eliminatórias sul-americanas passaram a ser disputadas no sistema de pontos corridos, com todos contra todos, a seleção boliviana nunca conseguiu terminar entre as seis primeiras colocadas e só em uma ocasião acabou na sétima posição.

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