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Ministro Gilmar Mendes se reúne por São Januário após ação no STF

Da esq. para dir.: Lindbergh Farias, Aliel Machado Bark, Gilmar Mendes, Saullo Vianna e Marcelo Freixo Imagem: Divulgação

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/09/2023 20h46Atualizada em 14/09/2023 11h04

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, se reuniu na tarde de hoje (13), em Brasília (DF), com deputados federais para debater sobre a interdição do estádio de São Januário, e ganhou uma camisa do Vasco.

O que aconteceu

A reunião aconteceu após a ação no STF do deputado federal Aliel Machado Bark (PV-PR), no dia 24 de agosto, solicitando uma liminar para liberar São Januário imediatamente.

Porém, como o Vasco assinou hoje (13) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para encerrar a interdição do estádio para público, não houve a necessidade do STF intervir.

Gilmar Mendes, no entanto, fez questão de manter a reunião e recebeu os parlamentares em seu gabinete.

O ministro se mostrou impressionado com as decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e prometeu ficar "vigilante" em relação ao assunto.

Estiveram presentes os deputados federais Aliel Machado Bark (PV-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Saullo Vianna (UNIÃO-AM). Marcelo Freixo (PT-RJ) também apareceu.

Aliel, Lindbergh e Saullo são vascaínos. Freixo é flamenguista.

"Racismo estrutural"

Além de ter solicitado a liminar, Aliel Machado Bark denunciou o TJ-RJ por "racismo estrutural", em função de trechos do polêmico relatório do juiz Marcello Rubioli, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, onde é citada a comunidade Barreira do Vasco - vizinha a São Januário - como um local com "disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado".

O TAC

Após assinar o TAC, o Vasco agora aguarda a homologação na Justiça para que São Januário seja liberado para público.

A expectativa do Vasco é que a torcida possa voltar ao estádio no duelo com o Coritiba, dia 21, pelo Brasileiro.

O estádio estava impedido de receber torcida desde o dia 23/06, por determinação do TJRJ, após confusão no duelo entre Vasco e Goiás, pelo Brasileiro.

O caso

Houve uma confusão em São Januário após a derrota do Vasco para o Goiás, no dia 22/6.

O STJD determinou São Januário com portões fechados por 30 dias. A decisão proibia também a entrada da torcida do Vasco como visitante.

Posteriormente, a Justiça acatou um pedido do MPRJ e interditou São Januário.

A Justiça chegou a liberar o uso do estádio, mas sem torcida.

No fim do mês passado, a Justiça negou o recurso do clube e manteve a interdição de público. O Cruz-Maltino recorreu ao STJ.

'Ninguém vai segurar o Vascão'

Paes, que é torcedor declarado do Vasco, celebrou a liberação e brincou com a volta da torcida ao estádio.

"Apesar de ter achado, de certa forma, exagerado o fechamento de São Januário, tinham ajustes a serem feitos. Agora, com o TAC, vamos fazer um trabalho mais integrado, para melhorar acessos, fluxos, ordem urbana", disse.

"Falando como prefeito, é bom termos São Januário liberado, o futebol carioca voltando a ter o estádio. Como vascaíno, agora segura, porque que ninguém vai mais segurar o Vascão", completou.

O CEO Lucio Barbosa também comemorou o TAC e salientou que há um cronograma para as mudanças serem efetivadas.

"O futebol do Vasco está feliz de poder jogar em casa e com estádio lotado. Gostaria de agradecer à torcida do Vasco e aos funcionários que trabalharam incessantemente para esse TAC. Temos uma série de obras e implementações tecnológicas neste cronograma. A maioria proposta pelo Vasco. Vamos voltar a ter jogo e o Vasco não vai parar só no TAC", afirmou.

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