Santos: Aguirre não esconde frustração, cita clima ruim e rejeita demissão
O técnico Diego Aguirre, do Santos, não escondeu sua frustração após nova derrota da equipe no Campeonato Brasileiro — desta vez, para o Cruzeiro, dentro da Vila Belmiro. Em entrevista coletiva, ele falou sobre o clima no vestiário e rejeitou deixar o clube antes da próxima partida, que ocorre na segunda-feira (18), contra o Bahia.
Clima pós-jogo. "Não estou exatamente abatido, é que tenho outras expectativas, não posso estar [sorrindo]. Sinto porque foi uma derrota dura, os jogadores estão iguais, estão tristes, são coisas que acontecem logo depois do jogo. Você sente porque imagina outra coisa, imagina um vestiário feliz e comemorando. O vestiário está mal, estávamos com expectativa de outro jogo. Estamos tristes, sentimos a derrota e tem que ser assim. Os jogadores são talvez os que mais sofrem."
Sair é uma hipótese? "Estamos trabalhando muito, sofrendo e tentando, obviamente, dar o nosso melhor para poder ajudar o time a sair desta situação ruim que estamos. A única coisa que penso é no jogo de segunda, não posso pensar em outa coisa neste momento. Não [passa pela cabeça sair do Santos]."
Há algo positivo? "É difícil encontrar coisas positivas quando sofremos uma derrota em casa que não esperávamos. Não é o momento de falar de coisas positivas, podemos falar de coisas negativas que aconteceram no jogo. Todos vimos que trabalhamos muito na bola parada e tomamos esse gol que pesou muito. Sentimos e marcou o começo da vitória do Cruzeiro. Foi uma coisa que temos trabalhado muito e tomamos esse gol, que virou o jogo. Até então, estávamos em um jogo difícil, mas não tivemos muito problemas. O time tomou o gol de bola parada e sentiu, o Cruzeiro cresceu e ganhou merecidamente."
Classificação e jogos
Jean Lucas. "Estamos tentando o melhor rendimento dele, e é verdade que colocamos ele às vezes um pouco mais atrás ou à frente buscando alternativas. É um jogador de muita qualidade que tem que encontrar seu lugar e seu melhor rendimento. Neste momento, é difícil encontrar rendimentos bons porque o time não está fazendo bons jogos, é difícil falar de atuações individuais boas."
Relação com torcedor. "Para [ele] acreditar, temos que ter uma vitória. A torcida está triste e sofrendo também. A única coisa que podem fazer acreditar em nós é ganhar o próximo jogo, não tem outra coisa. Temos que ganhar o próximo jogo, é a mentalidade que precisa existir para segunda-feira."
Resumo da derrota. "Não sei o adjetivo para falar da derrota de hoje, mas a responsabilidade é obviamente da comissão e dos jogadores. É de todos. Não há um único culpado. Às vezes, quando ganhamos, há algum merecimento, mas na derrota, obviamente que a comissão técnica tem muita responsabilidade, mas é compartilhada. Temos que assumir, tem que ser assim. Não temos problema em reconhecer que as coisas não estão como imaginávamos. Estamos trabalhando para fazer com que as coisas melhorem, mas hoje não conseguimos. Tomamos o gol e tudo ficou mais difícil."
Defesa vazada há 13 jogos. "Tentamos a cada dia trabalhar a nossa defesa em situações de jogo e em coisas que vão acontecer. Tivemos algumas mudanças pela lesão, por exemplo, do Alex. Não estamos encontrando soluções porque continuamos tomando gols."
Maior desafio da carreira? "Sim, podemos dizer que sim, mas não penso nessas coisas. Estou acostumado a trabalhar em times grandes, com pressão e em situações, às vezes, adversas. É um desafio muito importante. Eu sabia que o time estava na zona de rebaixamento, eu peguei essa responsabilidade. Não estamos conseguindo tirar e, sim, é uma situação feia, incômoda, triste... podemos falar muitas outras coisas. Temos que tentar ganhar o próximo jogo para pensar que tudo é possível. Jogos como o de hoje deixam a situação muito feia."
Rincón em campo. "Foram alternativas para mudar um pouco, não estávamos encontrando situações ofensivas. Produzimos pouca coisa. Buscamos a presença do Rincón pela sua personalidade. Não foi uma mudança sozinha, foi a do Rincón com o Furch. Para fortalecer o ataque com dois centroavantes, precisamos colocar mais marcação para não desequilibrar defensivamente. Depois, não conseguimos marcar gols e empatar o jogo. Aí, sofremos. As trocas, quando você perde, não dão certas, e quando você ganha, dão."
Lucas Lima só no 2° tempo. "São situações. Temos muitos jogadores no plantel e estamos buscando melhores rendimentos. Foi uma decisão técnica e tática."
Psicológico. "Temos que pensar que sim [podemos mudar], senão eu não estaria aqui. Falta entrosamento, na hora em que tomamos gol ficamos nervosos e começamos a perder bolas fáceis... temos que trabalhar e tentar transmitir confiança aos jogadores apesar da situação complicada. É a única temos que pensar é isso."
Escolhas dos zagueiros. Sobre o Messias: fizemos três trocas no intervalo e não pensei em tirar o Messias, tentei dar confiança a ele e acho que ele melhorou no 2° tempo. Sobre o Jair: é um jogador com muito futuro. Ele é muito bom, já foi convocado para seleção sub-17. Estamos trabalhando com ele, mas ele ainda precisa de mais alguns dias ou semanas para estar bem. Ele rompeu o ligamento cruzado e isso gera sete meses de afastamento. Ele está voltando a treinar, mas vamos ver o que acontece dia a dia. Estamos querendo contar com ele, mas não podemos acelerar os prazos."
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Quero receberTime será mais defensivo fora de casa? "É improvável. Pode ser, mas ainda não pensei no jogo de segunda-feira. Temos que começar a trabalhar nisso e buscar as melhores alternativas para ter um time forte, é um jogo muito importante e decisivo. Vamos saber como estão os jogadores amanhã, também há alguns suspensos... são situações que temos que analisar e vamos, nos próximos dias, tomar decisões para ganhar este jogo."
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