Reunião no Flamengo termina em confusão e sessão suspensa após votação
A reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo terminou em confusão e teve a sessão suspensa após votação na noite de hoje (14).
O que aconteceu
O tumulto ocorreu quando os conselheiros votavam a emenda que proíbe acumulação de cargos eletivos dentro e fora do Flamengo.
Esta proposta, se aprovada, impedirá uma candidatura do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, que atualmente é deputado federal.
A maioria dos conselheiros presentes rejeitou a proposta, mas o presidente do Conselho, Antônio Alcides, sugeriu uma recontagem dos votos.
Classificação e jogos
Um grupo de conselheiros, então, acusou Alcides de já ter proclamado o resultado que rejeitava a emenda, e que teria voltado atrás da decisão.
O presidente do Conselho Deliberativo quis fazer a recontagem de votos no método "senta e levanta", algo que gerou muita confusão.
Conselheiros puxaram gritos de "burro" e iniciaram, a partir daí, um grande bate-boca, com acusações e gritos dentro da sede rubro-negra.
Antônio Alcides, ao microfone, tentou apaziguar os ânimos, mas sem sucesso.
"Eu quero ser justo e vocês não estão deixando"
Antônio Alcides, ouvindo vaias na sequência
Alcides, posteriormente, declarou que a sessão estava suspensa com uma nova data de reunião a ser marcada, gerando muita revolta entre os presentes.
"Golpe violento"
Ao deixar a sessão, Eduardo Bandeira de Mello se pronunciou sobre o episódio.
"Antes da sessão, eu falei que achava que era um golpe. Efetivamente, era, mas um golpe estatutário, mas foi muito mais. A emenda foi apreciada e votada. Ganhamos de 80 a 20, todo mundo viu, e o presidente do Conselho Deliberativo proclamou o resultado, mas aí foi pressionado com truculência e se viu obrigado, entre aspas, a anular a sessão. O que era um golpe estatutário, passou a ser um golpe violento para tentar mudar uma decisão democrática", disse.
Emenda por mandato de 4 anos é rejeitada
Na votação anterior, o Conselho Deliberativo do Flamengo reprovou por unanimidade a emenda ao estatuto que passaria o mandato presidencial de três para quatro anos. Esta decisão segue mantida e não sofrerá alterações.
O presidente Rodolfo Landim ressaltou ao microfone não ter ligação com as emendas propostas.
O dirigente também afastou a possibilidade de ficar mais tempo no comando do clube. Seu mandato vai até o fim de 2024.
"Não tenho o menor interesse de ficar um dia a mais do que o que me foi estabelecido, e isso não significa que eu não vá ficar ajudando o Flamengo enquanto tiver saúde"
Rodolfo Landim, durante reunião do Conselho Deliberativo do Fla
Inicialmente, a emenda valeria a partir de 2025, mas existia um temor que, caso aprovada, um movimento a favor da permanência de Landim pudesse fazer ele valer imediatamente.
Os ex-presidentes Eduardo Bandeira de Mello, Kleber Leite e Hélio Ferraz estão presentes ao encontro.
A proposta que envolvia um projeto de adequação orçamentária também foi aprovada por unanimidade.
Carro de som
Durante a reunião, um carro de som com uma mensagem contra o mandato de quatro anos deu voltas aos redor da sede do clube.
O policiamento foi reforçado por conta do temor de protesto, mas não houve movimento de revolta nos arredores da Gávea.
Quer saber tudo o que rola com o Flamengo sem precisar se mexer? Conheça e siga o novo canal do UOL dedicado ao time no WhatsApp.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.