Desde 2009, cinco pessoas passaram pelo comando do Palmeiras: Luiz Gonzaga Belluzzo, Arnaldo Tirone, Paulo Nobre, Mauricio Galiotte e Leila Pereira.
E embora nem todos tenham boas relações entre si, numa história de reviravoltas, vaidades e traições políticas, cada um teve uma parcela importante na reconstrução do Palmeiras a partir de 2015, retratada no documentário "O Palmeiras da Virada: da reconstrução até os títulos com Abel", exclusivo para assinantes do UOL Play.
Em 2007, ainda como diretor administrativo, Belluzzo se aproximou da construtora WTorre, que viria a construir o Allianz Parque e reformar parte da estrutura do clube social.
Em que pese o imbróglio na Justiça pelo repasse de recursos, o Allianz Parque é um estádio moderno, que possibilitou a ampliação das médias de público e dos ganhos com bilheteria e sócio-torcedor - além de evitar que o clube tivesse que gastar alto para reformar o Parque Antárctica, debilitado e obsoleto quando fechado, em 2010.
Era Tirone (2011-2012)
A gestão de Arnaldo Tirone, membro da ala de Mustafá Contursi, oposta à de Belluzzo, foi tão desastrosa que nem mesmo a conquista da Copa do Brasil de 2012 o colocou no rol de presidentes notáveis.
Até porque o brilho do troféu foi ofuscado pelo rebaixamento no Campeonato Brasileiro ao fim daquele ano. Mas foi a gestão de Tirone que assinou definitivamente o acordo com a WTorre, em maio de 2011.
Era Nobre (2013-2016)
Nobre se elegeu como opositor de Tirone com as bênçãos de Mustafá, que rompera com o ex-aliado, e de Belluzzo. Mas, eleito, rompeu com Belluzzo e afastou Mustafá do poder decisório.
Sua gestão ficou marcada por uma ação pouco comum em ambientes profissionais, mas fundamental: Nobre colocou recursos próprios no caixa do Palmeiras para evitar que o clube tivesse mais problemas financeiros.
Também foi Nobre quem iniciou a reforma do centro de treinamentos, contratou o diretor Alexandre Mattos e fez uma revolução nas categorias de base, três medidas que mudaram o patamar do Palmeiras e o colocaram em um patamar de protagonista no futebol nacional.
Por fim, também foi o mandatário quem fechou o primeiro contrato de patrocínio com a Crefisa. Durante o período, o Palmeiras conquistou a Série B de 2013, o Brasileiro de 2016 e a Copa do Brasil de 2015.
Era Galiotte (2017-2021)
Vice-presidente de Nobre, Maurício Galiotte se elegeu e rompeu com seu antecessor assim que assumiu o cargo.
Ao iniciar sua administração, Mauricio não cumpriu a expectativa de Nobre, que queria um cargo no futebol alviverde, e manteve a gestão sob o comando de Mattos para seguir o projeto de ter um executivo de mercado à frente do departamento ao invés de um dirigente do clube.
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Quero receberFuturamente, Galiotte estreitou laços com a patrocinadora Leila Pereira, àquela altura já inimiga de Nobre por desavenças.
O dirigente apaziguou as relações do Palmeiras com a WTorre, manteve a estrutura montada por Nobre, mas soube mudar o rumo do Palmeiras quando o trabalho deixou de fluir, em 2020. Foi ele quem trouxe o diretor Anderson Barros e determinou que o clube passasse a utilizar em campo as Crias da Academia.
Entre as conquistas obtidas em sua gestão estão o Brasileiro de 2018, as Libertadores de 2020 e 2021, a Copa do Brasil e o Paulista de 2020.
Já em seu último ano de contrato, Galiotte foi o responsável por chancelar a decisão de contratar Abel Ferreira, que até então era desconhecido entre os brasileiros e com uma carreira ainda sem conquistas expressiva.
Era Pereira (desde 2022)
Patrocinadora do clube desde 2015, Leila Pereira foi eleita presidente em 2021 como candidata da situação e mantém boa relação com Galiotte.
Trazida ao clube por Nobre e chancelada por Mustafá, Leila é hoje rompida com ambos. Já com Belluzzo a dirigente mantém relação protocolar, uma vez que o grupo político do ex-presidente faz parte da gestão dela.
Leila faz uma administração corajosa e surpreendente. Comanda o caixa com mão de ferro - o que incomoda a torcida-, mas investe alto no que considera prioritário, como o altíssimo salário de Abel Ferreira, com quem renovou contrato até 2024 e já busca extensão para 2027, e a manutenção de peças-chave do elenco.
Atualmente, comanda as tratativas palmeirenses na formação de uma liga nacional de clubes e comprou briga definitiva com a WTorre pelo atraso nos repasses de recursos previstos em contrato.
O Palmeiras da Virada
O que: documentário mergulha nas vitórias e conquistas do Palmeiras, clube que vive uma época inigualável desde a retomada em 2015 -- só com o técnico português já são 8 títulos em três anos.
Onde: exclusivo para assinantes do UOL Play
Com: Fernando Prass, Gabriel Menino, Luiz Gonzaga Belluzzo, Weverton, Raphael Veiga, PVC, Danilo Lavieri.
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