Flamengo: Copa do Brasil vai de símbolo da retomada a consolo em 10 anos

A Copa do Brasil mudou completamente de status para o Flamengo em uma década. De símbolo da retomada em 2013, a competição se tornou uma espécie de prêmio de consolação na atual temporada.

Título improvável

O Rubro-Negro, em 2013, passou por uma reformulação na diretoria, sob o comando do recém-eleito Eduardo Bandeira de Mello.

O discurso da cúpula era de austeridade, em uma tentativa de arrumar a casa financeiramente e colocar o clube na trilha da modernidade.

Nesta primeira temporada, o clube, por exemplo, se despediu de Vagner Love, devolvido ao CSKA porque o Rubro-Negro não teria como arcar com a aquisição dos direitos.

Entre nomes desconhecidos, como Val e Bruninho, e outros mais badalados, como André Santos e Elias, o elenco foi montado.

A equipe contou com surpresas, como o atacante Hernane Brocador, que caiu nas graças da torcida.

Com trocas no comando — Mano Menezes deixou o clube e Jayme de Oliveira assumiu o time —, o Fla chegou à final e sagrou-se campeão do torneio sete anos após o bi. O título era considerado improvável até para o mais fanático tprcedor e foi muito festejado.

"Como o Flamengo vinha numa rota de muito sacrifício e dificuldades, a conquista da Copa do Brasil de 2013 não estava nos nossos planos, mas acabou acontecendo graças à união de um elenco guerreiro e determinado", disse Bandeira de Mello ao UOL.

Foi determinante para a sustentação da confiança da nossa torcida, que já havia demonstrado sua adesão à nossa política de responsabilidade e austeridade e ajudava a empurrar nosso time pra frente

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Eduardo Bandeira de Mello

Naquela campanha, a equipe da Gávea eliminou alguns clubes apontados como favoritos, como Cruzeiro, Botafogo, e bateu o Athletico-PR na decisão.

Para o ex-presidente, a "virada de chave" de vez aconteceu em 2015, quando o Rubro-Negro contratou Guerrero, então jogador com maior salário no futebol brasileiro.

Em 2018, trouxe Vitinho, que também estava no CSKA, por 10 milhões de euros, mesmo valor que impediu o "fico" de Love.

Prêmio de consolação

Em 2019, já sob gestão de Rodolfo Landim, o Flamengo conseguiu transformar a boa saúde financeira em conquistas, e empilhou taças como as do Brasileiro, Libertadores, Recopa e Supercopa do Brasil.

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A atual temporada, inclusive, começou recheada de expectativa. O Rubro-Negro poderia ganhar nada menos que sete títulos, mas vê o mata-mata como possibilidade mais real de não terminar o ano de mãos vazias.

Até aqui, porém, acumulou fracassos. Com Vítor Pereira, ficou com o vice do Carioca, da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana. No Mundial, caiu na semi.

Com Sampaoli, foi eliminado nas quartas de final da Libertadores e vê o topo da tabela do Brasileiro ainda distante.

É a decisão de um título importantíssimo. Um título nacional que tem uma importância financeira muito grande, que tem um importância para o clube também. A Copa do Brasil te proporciona muita coisa

Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Fla

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