VAR da Série D: como funciona, detalhes e curiosidades sobre a tecnologia
A Série D do Campeonato Brasileiro chega à sua decisão hoje, quando Ferroviário e Ferroviária se enfrentam no "clássico dos trilhos", às 16h (de Brasília), em busca do título no Presidente Vargas, em Fortaleza. O jogo, aliás, terá o mesmo padrão adotado na elite do futebol nacional e contará, por exemplo, com VAR operado por árbitro de elite.
O VAR da Série D
A CBF expandiu o uso da tecnologia no torneio em relação à edição do ano passado, quando o sistema de vídeo foi adotado nas quartas de final.
Nesta temporada, o VAR entrou em ação a partir das oitavas e envolveu os 16 times participantes. Ao todo, 15 estádios receberam a estrutura — Atlético-CE e Ferroviário atuaram no Presidente Vargas.
Desde então, 29 partidas foram disputadas com a tecnologia, que também estará presente na final de hoje entre cearenses e paulistas.
Detalhes da operação
O VAR da Série D é 100% descentralizado. O UOL apurou que, ao contrário do que ocorre na Série A, a cabine destinada aos árbitros é instalada nos próprios estádios que recebem os jogos, e não no Rio de Janeiro.
Há dois motivos para a CBF atuar de maneira diferente: estrutura local e previsibilidade das partidas.
Na questão técnica, pesou a infraestrutura: na visão da entidade, estádios mais acanhados em cidades menores, como no caso da 4ª divisão nacional, poderiam gerar problemas de transmissão das imagens a uma sede central.
A burocracia do calendário também preocupou: como a Série D foi disputada em mata-mata a partir da introdução do VAR, a falta de previsibilidade dos confrontos nas fases finais — e o pouco tempo tempo para planejamento — gerou a instalação do sistema nos próprios locais dos jogos.
Padrão Globo?
Detentora dos direitos de transmissão da Série A, a Globo usa até 25 câmeras em um mesmo jogo em suas transmissões. Este número pode diminuir diante do "tamanho" do evento.
Na Série D, a TV Brasil e a F.Sports são as responsáveis por determinar a quantidade. As duas plataformas vão exibir, ao vivo, o "clássico dos trilhos" desta tarde.
Em geral, há de quatro a oito câmeras espalhadas pelos palcos dos jogos da divisão em questão. A variação depende de diversos fatores, como o tamanho do estádio e a logística, por exemplo.
Na final de hoje, sete aparelhos serão utilizados, de acordo com o Ferroviário. O clube, aliás, viveu um "drama" com a tecnologia na semifinal, quando teve dois gols anulados via tecnologia no tenso duelo contra o Caxias, disputado no Rio Grande do Sul.
O responsável pelo VAR na final de hoje será Rodolpho Toski Marques, árbitro Fifa que atua regularmente na cabine em partidas da elite nacional. Apitando dentro do campo, outra figurinha carimbada estará no Presidente Vargas: Leandro Pedro Vuaden.