Divisor de águas: Copa do Brasil terá impacto dentro e fora de campo no Fla
Com ou sem o título, a final da Copa do Brasil trará desdobramentos importantes para o Flamengo de olho em 2024. Uma nova derrota para o São Paulo, porém, promete gerar um impacto ainda maior e ser divisor de águas em diversas áreas do futebol e da política do clube.
Comando
Saída de Jorge Sampaoli é vista como questão de tempo. Após a partida, Marcos Braz, vice de futebol, afirmou publicamente que o técnico fica até o segundo jogo da decisão, mas o vice-presidente já não está fechado com o argentino há algum tempo.
O único defensor atualmente é o presidente Rodolfo Landim, que diz confiar e gostar do trabalho do técnico. Ele tem frequentado mais o dia a dia com a intenção de dar respaldo. Entretanto, a falta de confiança de jogadores, funcionários e outros membros da diretoria torna a situação quase insustentável internamente. Isso tudo somado ao distanciamento que há entre todas as partes no dia a dia do Ninho do Urubu.
A sensação de "cada um por si", que já tinha sido sentida com Vítor Pereira, voltou a pairar no ar do CT rubro-negro. Antes da partida, jogadores fizeram uma reunião sozinhos enquanto a comissão técnica aguardava para dar início ao treino.
O medo é que uma crise sem precedentes seja instaurada diante de um ano com títulos perdidos, confusões entre jogadores, preparador e outros problemas internos. No Maracanã, por exemplo, membros da diretoria são cada vez mais cobrados e a tensão chega até os corredores do Ninho.
Reformulação
Um dos motivos que faz Landim gostar de Sampaoli é a aposta de que o treinador seria importante em uma reformulação geral do elenco. Com ou sem ele, isso seguirá na pauta para a próxima temporada e o jogo de domingo irá determinar a velocidade.
O Flamengo até abriu conversas nas renovações de contrato, mas decidiu colocar tudo em modo de espera até a final e, por isso, aguarda para dar os próximos passos. Apesar disso, o andamento das tratativas pode ser diretamente impactado, principalmente com relação a medalhões que antes pareciam intocáveis.
Em pauta estão nomes como Bruno Henrique, Everton Ribeiro e David Luiz, com vínculo até o final deste ano. Gabigol e Fabrício Bruno, com contratos até o fim de 2024 e 2025, respectivamente, também foram procurados.
Depois de um ano com várias frustrações nas janelas de transferências, o Flamengo quer ter mais sucesso na montagem do novo elenco e as mudanças serão profundas.
Eleições
Todos os fatores citados terão impacto direto no ano eleitoral que vai viver o Flamengo. Se antes Rodolfo Landim tinha a situação tranquila, o cenário começa a mudar para o grupo que comanda o clube.
A reunião no Conselho Deliberativo que terminou em confusão já mostrou os primeiros sinais de enfraquecimento. A sensação de alguns nos bastidores é que, além do ano considerado desastroso em campo, a recusa em mudar o departamento de futebol também pesa contra a atual gestão.
A pressão vai aumentar caso o fracasso se confirme, mas o tabuleiro eleitoral já não é mais tão favorável para Landim e seus pares mesmo com a taça.
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