Não é dono do Allianz, depende da Crefisa: as fake news do Palmeiras atual

O Allianz Parque não é do Palmeiras

O Palmeiras é o único e verdadeiro dono do Allianz Parque. A WTorre, empresa responsável pela modernização do Palestra Itália, tem contrato de utilização de superfície da casa alviverde.

No acordo firmado com a companhia, é como se o Allianz Parque estivesse alugado para exploração pela WTorre por 30 anos (até 2044) em troca da construção e de pagamentos percentuais das receitas provenientes de operações não relacionadas aos jogos. Estes pagamentos, inclusive, não são feitos há anos e são tema de discussão judicial entre a equipe alviverde e a empresa de engenharia.

Nos dias de jogos, é o Palmeiras quem administra a operação e fica com os lucros da bilheteria.

O Allianz Parque continua em nome do Palmeiras na escritura do terreno e em todas as outras documentações legais.

Clube depende da Crefisa

Um dos argumentos citados por rivais para minimizar o sucesso alviverde seria a suposta dependência da Crefisa e da FAM (Faculdade das Américas), empresas da presidente Leila Pereira que patrocinam o clube desde 2015, período que coincide com o retorno das conquistas esportivas.

No entanto, ficou demonstrado no último balanço financeiro do clube que o patrocínio pago pelas empresas representou cerca de 10% dos mais de R$ 900 milhões arrecadados em receitas na temporada passada.

O Palmeiras recebeu das patrocinadoras cerca de R$ 86 milhões em 2022. O contrato prevê R$ 81 milhões anuais fixos, com bonificações por conquistas.

Valor acima do mercado

As empresas de Leila Pereira investem R$ 81 milhões pela exclusividade do patrocínio máster da camisa alviverde, o que, de fato, torna o montante o maior dentro do mercado brasileiro.

No entanto, o valor não está necessariamente acima do mercado, já que outros clubes brasileiros negociam mais espaços de seus uniformes, o que acaba elevando o montante total arrecadado.

O Flamengo, por exemplo, que não tem um patrocinador exclusivo, arrecadou mais de R$ 100 milhões em 2022 com patrocínios de camisa variados.

Palmeiras tem elenco curto

Um dos argumentos citados é que o elenco do Palmeiras não tem tantas opções quanto o de rivais na briga por títulos como Flamengo ou Atlético-MG.

De fato, desde o início do projeto, em 2015, o elenco do Palmeiras nunca esteve tão enxuto. No entanto, a mudança faz parte da estratégia alviverde.

Anderson Barros, diretor de futebol que assumiu após a saída de Alexandre Mattos, chegou com a missão de reduzir em 20% a folha salarial do elenco e aproveitar mais as promessas que surgiam nas categorias de base, que empilhavam títulos. O técnico Abel Ferreira também já ressaltou em diversas oportunidades que prefere trabalhar com elencos menores.

E se não há uma grande quantidade de nomes, um ponto positivo é destacado no processo: o clube conseguiu manter seus principais jogadores mesmo em meio à propostas de mercados mais atrativos financeiramente.

Com a base sólida, o clube pôde dar espaço para jovens da categoria de base que se completam ao plantel principal: Vanderlan, Garcia, Fabinho, Jhon Jhon, Luis Guilherme, Naves e Endrick, além de Kevin, que vem ganhando espaço.

O Palmeiras da Virada

O que: documentário mergulha nas vitórias e conquistas do Palmeiras, clube que vive uma época inigualável desde a retomada em 2015 -- só com o técnico português já são 8 títulos em três anos.
Onde: exclusivo para assinantes do UOL Play
Com: Fernando Prass, Gabriel Menino, Luiz Gonzaga Belluzzo, Weverton, Raphael Veiga, PVC, Danilo Lavieri.

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