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'F...-se sua filha': Marcos Braz diz que agressão começou após ameaça

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/09/2023 13h42Atualizada em 21/09/2023 15h43

O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, deu sua versão sobre a briga que se envolveu com o entregador Leandro Campos. Segundo o dirigente, ele foi ameaçado de morte e xingado ao falar que estava com sua filha.

Eu falei para ele (Leandro Campos): 'Minha filha esta aqui do lado, tu ta me ameaçando'. E ele falando, falando... Nisso, eu perco o raio de visão dela, só que no fundo da loja, teoricamente, elas (filha e as amigas) estavam mais perto dele do que eu. E aquilo já foi me incomodando. Minha filha vendo o pai sendo ameaçado de morte, isso começou a me tirar do sério. Fui falando com ele, na direção dele, falei sistematicamente, várias vezes, que a minha filha estava ali. E aí peço até desculpa pelo que vou falar, mas a última frase dele foi: 'Foda-se a sua filha'. E aí o final vocês viram
Marcos Braz, vice de futebol do Fla sobre a briga

O dirigente falou repetidas vezes que recebeu ameaças de morte do entregador Leandro Campos antes de partir para a agressão física:

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Ele me ameaçou de morte, falou que se o resultado não viesse a cobrança seria muito diferente e falou, no final, o que eu falei há pouco tempo (f...-se sua filha)
Marcos Braz, vice de futebol do Fla sobre a briga

A versão de Braz

Marcos Braz abriu a coletiva com um longo pronunciamento descrevendo suas lembranças sobre o caso.

O dirigente foi comprar um presente para a filha que faria aniversário de 15 anos no dia seguinte.

Braz disse que sua filha chegou ao shopping depois, com a mãe e mais duas amigas.

Ele se separou rapidamente da filha e foi à uma joalheria comprar o presente na companhia de um amigo.

"Duas ou três pessoas" passaram a insultá-lo do lado de fora da loja: "Nesse momento, que durou alguns minutos, eu não abri minha boca, não falei absolutamente nada".

Pouco depois, sua filha o encontra na loja, escolhe o presente e, em seguida, sai de lá junto das amigas.

Leandro Campos, o entregador envolvido na briga, chegou depois disso e passou a ameaçá-lo de morte.

A filha de Braz se aproxima da confusão e o dirigente então passa a reagir, alertando a presença da garota.

Foi aí que Braz ouve a frase "f...-se sua filha" e a troca de agressões físicas começou.

O vice de futebol do Flamengo volta à loja depois a briga porque seu carro estava longe e ele anda sem seguranças.

Qual foi meu calculo rápido? Eu não vou para o estacionamento porque meu carro não estava perto e eu não ando com segurança. Então voltei para loja por razões obvias. Entro dentro da loja, a loja é fechada e, antes de subir para o mesazino da loja, já estava viralizado. E eu comentei com o cara da loja que se a gente tivesse entrado na porrada, minha filha tivesse tido algum problema, eles já estariam rindo. Mas como deu um problema, o final não foi muito bom como o rapaz achava que ia ser, fiquei preocupado pois iriam chamar mais gente. Eu estou sendo perseguido há tempos
Marcos Braz

O dirigente rubro-negro deixou a loja escoltado pela Polícia Militar e foi até à delegacia prestar depoimento. Em seguida, se dirigiu ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exames.

Eu sou preparado para estar no cargo. Mas, para o que aconteceu, eu não me preparei. Para ser ameaçado do lado da minha filha e ela sendo ameaçada também verbalmente, in loco? Peço desculpas pelo transtorno que causei, não para ele (torcedor). Peço desculpas aos pares da diretoria e à torcida do Flamengo. Não foi dessa vez, mas vai ter uma tragédia no futebol. Uma hora vai ter.
Marcos Braz

Entrevista na íntegra

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Ausência na Câmara dos vereadores enquanto brigava

"Às terças e quintas, das 13h30 às 16h, você dá presença virtual para entrar no sistema. Eu posso falar, eu posso ouvir, tenho conhecimento das pautas. Quando chega às 16h, se você não botar o dedo, você toma falta e é descontado. Eu tomei a falta, eu não fiz nenhuma ilegalidade. Vou ser descontado".

"Vou falar por mim. Em outras votações, votei contra o empréstimo. Sou um vereador. Fiquei com um jornalista dois ou três meses me acompanhado lá. Sou bastante independente. Eu não voto com o Governo sempre, eu voto causas LGBT, às vezes não. Sou bastante independente. Se eu errei, foi uma coisa. Fiz a opção de estar com minha filha um dia antes do aniversário dela de 15 anos. Uma filha que não mora comigo, que mora com a mãe".

Convocado para dar explicações na Comissão de Ética

"Vereador pode ir na casa e votar o que quiser. Essa matéria não tem nada a ver com Comissão de Ética. Comissão de Ética é usado por estupro ou assassinato. E eu vou para Comissão de Ética porque fui comprar um presente para a minha filha. É do jogo".

Mordeu Leandro na virilha?

"Depois daquela última frase que ele falou, eu me lembro de pouca coisa".

"Sou vítima"

"Sou vítima, sou vítima, sou vítima! Sou vítima sendo vereador, sendo primeiro suplente de deputado federal, sendo VP de futebol. Não tenho vergonha de ser vítima. Vocês têm que acreditar em mim. Sistematicamente eu sou xingando por torcedor, e repito que nunca fiz banana a torcedor. Vários jornalistas que me acompanham podem falar tudo, mas nunca tive problema mais sério com torcedor. Quem de sã consciência vai estar com filha e mais outras duas crianças vai querer arrumar problema? Se eu nunca arrumei problema quando fui xingado em outras situações, eu ia optar por fazer uma reação ao lado da minha filha?"

"Não vou me ajoelhar"

"Isso foi covardia, mas eu não vou me ajoelhar. Não sou valente nem nada, mas não vou me ajoelhar. Sou vítima, mas vou até o final dessa história. Eu estando no Flamengo ou no cargo, sendo vereador ou assumindo cargo de deputado federal. Isso aqui não tem fim".

Continuidade no Flamengo

"Já refleti e já passei aqui. Quem determina a minha continuidade ou não é o presidente Rodolfo Landim. E, ao que me consta, estaremos juntos em 2024. E antes de 2024 temos muita coisa para fazer neste ano".

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